O vídeo publicado pelo secretário da Cultura, do Ministério da Cidadania, Roberto Alvim, em que cita trechos do discurso do ideólogo nazista Joseph Goebbels, tem repercutido mal nas redes sociais e entre políticos capixabas. Parlamentares da bancada do Espírito Santo no Congresso Nacional e na Assembleia Legislativa do Estado criticaram, nesta sexta-feira (17), a postura de Alvim e engrossaram o coro pela exoneração do secretário.
O senador capixaba Fabiano Contarato (Rede) disse que vai acionar o Ministério Público Federal (MPF) para analisar a conduta do secretário. O redista também estuda fazer uma representação à Comissão de Ética da Presidência da República e diz que vai propor voto de censura ao discurso de Alvim no Senado.
Ele passou de todos os limites, plagiando o ministro de Adolf Hitler da Propaganda da Alemanha Nazista, Joseph Goebbels. Além do texto, a estética do vídeo é nazista. Remonta capítulo abominável da história da humanidade. O que ele fez é crime e ofende toda a nação brasileira e, especialmente, todos os judeus que vivem em nosso país. Não há outro caminho! Tem de mandar embora! Exoneração, já!, publicou Contarato, nas redes sociais.
Outro que também se manifestou foi o deputado federal Helder Salomão (PT), afirmando que a postura do secretário nacional é "inaceitável".
O deputado estadual Sergio Majeski (PSB) também se manifestou sobre o assunto nesta sexta. O parlamentar disse que o discurso de Alvim causa "indignação e repulsa".
Logo depois da demissão do secretário, anunciada pelo presidente Jair Bolsonaro no Twitter, o governador Renato Casagrande (PSB) usou as redes sociais para se manifestar. Ele chamou o discurso de Alvim de absurdo e disse que qualquer ameaça à democracia deve ser repudiada com veemência.
Outro que comentou o caso depois da demissão do secretário foi o presidente da Assembleia Legislativa, Erick Musso.
O deputado federal Felipe Rigoni (PSB) afirma que a exoneração não resolve o problema e pediu empenho para que ideias nazistas não sejam reproduzidas.
A deputada federal Lauriete (PL) saiu em defesa do presidente e elogiou a exoneração do secretário. Na Alemanha, com certeza, Roberto Alvim seria preso e condenado por apologia ao nazismo. Concordo com o presidente Jair Bolsonaro, apoiar uma filosofia genocida é crueldade ou ignorância. Exoneração foi uma resposta ao povo judeu, cristão e quem luta contra as maldades de uma triste história. É bom lembrar sempre que no Brasil temos ideologias diferentes, mas que devemos respeitar todos como irmãos. No caso especifico, Roberto Alvim era secretário de Cultura e buscou fundamento em filosofia de guerra. Pura incitação. Minha reação é de indignidade e repúdio, escreveu, em mensagem disparada em listas de transmissão no Whatsapp.
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