A chapa majoritária do Partido dos Trabalhadores (PT), na Serra, encabeçada pelo ex-vereador e ex-deputado estadual Professor Roberto Carlos, vai apostar nos feitos e em figuras diretamente ligadas ao atual governo federal para brigar pelo comando da prefeitura do município nas eleições deste ano.
Sem contar com o apoio público do Executivo estadual, de quem é aliada, a legenda, que desde 2022 está federada com os partidos PV e PCdoB, deve recorrer à representação petista em Brasília (DF) para se fortalecer na disputa pela gestão da cidade.
O objetivo, conforme o próprio pré-candidato, é conseguir solidificar sua proposta de governo para a Serra tendo como modelo, principalmente, as políticas públicas implementadas em âmbito nacional pela gestão de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), iniciada em janeiro do ano passado.
Roberto Carlos, inclusive, tem a expectativa de que seu palanque, durante o período de campanha, conte até mesmo com a presença de ministros petistas. Ele disse que fará convite direto para que chefes de pastas importantes no governo Lula venham ao Estado lhe declarar apoio.
"Teremos o apoio dos deputados federais do Espírito Santo eleitos pelo PT (Jackeline Rocha e Helder Salomão) e também do senador do partido (Fabiano Contarato). Além disso, há a expectativa do apoio de ministros do partido, entre eles o Sílvio Almeida (Direitos Humanos) e a Margareth Menezes (Cultura). Faremos o convite para que venham e marquem presença em nosso palanque", afirma.
Sobre a ausência de apoio do governo do Estado para a pré-candidatura do PT na Serra, uma vez que o Executivo estadual teria optado por apoiar o nome de Weverson Meireles, ex-secretário de Estado do Turismo, como pré-candidato a prefeito pelo PDT, Roberto Carlos sustenta que entende a escolha do governador Renato Casagrande (PSB).
"Em 2022, por exemplo, apoiei o governador Renato Casagrande. Até onde sei, ele tem o candidato dele. Entendo e respeito essa decisão dele". Vale destacar que, no pleito de 2022, o PT, após costura política, decidiu abdicar da candidatura do senador Fabiano Contarato ao governo do Estado para reforçar o apoio a Casagrande, figurando no rol de legendas coligadas na chapa que o reelegeu para seu segundo mandato consecutivo,
Com pré-candidatura lançada no mês passado e, em seguida, homologada pela Executiva nacional do PT, Roberto Carlos destaca que o debate em torno de seu projeto de governo para o município será feito fora da polarização com partidos de direita e de viés conservador, evitando, segundo ele, "gastar energia com pautas meramente ideológicas".
"Estou querendo trabalhar para a cidade. Nosso perfil será esse, de apresentação de projetos para o município, bem como defesa do legado do governo federal", ressalta.
Sobre quem deverá ser seu vice na chapa para prefeito, o petista destacou que a legenda tem buscado diálogo com siglas interessadas em se unir para fazer frente às demais candidaturas na Serra.
"A princípio a ideia é que o vice venha de partidos que se identifiquem com o nosso viés e que queiram coligar. Mas, não havendo essa possibilidade, não vejo nenhuma dificuldade em ter um nome vindo da nossa federação. No momento, o que temos de mais concreta é a formação da chapa proporcional, que conta com 24 pré-candidatos a vereador do município. São 14 nomes do PT e 10 do PV e do PCdoB", aponta.
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