A Operação Minucius deflagrada na manhã desta terça-feira (28) resultou na prisão de sete pessoas. Entre os presos estão o prefeito de São Mateus, Daniel Santana Barbosa, o Daniel da Açaí (sem partido), apontado como o líder do esquema criminoso, uma das controladoras do município, seu operador e quatro empresários.
Eles são suspeitos de fraudar licitações e desviar recursos públicos. Além dos sete presos, a operação mais investiga 12 pessoas.
Confira abaixo quem é quem, segundo as investigações:
A Polícia Federal aponta que o volume contratado pelas empresas suspeitas gira em torno de R$ 50 milhões. Daniel da Açaí e outras seis pessoas foram presos suspeitas de participarem de uma organização criminosa que fraudava licitações e desviava recursos públicos.
Os investigados poderão responder pela prática dos crimes de corrupção passiva e corrupção ativa, lavagem de dinheiro, organização criminosa e de fraudes licitatórias.
Foram cumpridos sete mandados de prisão temporária e 25 de busca e apreensão, em residências e empresas nos municípios de São Mateus, Linhares e Vila Velha.
Em coletiva realizada na manhã desta terça-feira (28), o superintendente da Polícia Federal no Espírito Santo, Eugênio Ricas, e o procurador regional da República, Carlos Aguiar, explicaram que Daniel da Açaí se autocontratava em um esquema piramidal, o qual todos os participantes tinham funções muito bem definidas.
"As empresas eram indicadas para fazer a contratação. Parte desses valores contratados eram pagos em propina. Depois dessa fase, havia a lavagem de dinheiro", afirmou Ricas.
"O prefeito se autocontratava. Ele se valia da caneta que tem para poder viabilizar a contratação de empresas que pertence a ele, mas que estão em nome de laranjas", ressaltou Aguiar.
A Prefeitura de São Mateus informou que o município só vai se manifestar quando tiver acesso aos autos do processo.
A reportagem entrou em contato com o pai de Caio Donatelli , o vereador de Linhares Juarez Donatelli (PV). Ele disse que o filho foi prestar depoimento na Polícia Federal, mas que não recebeu voz de prisão. A decisão do TRF2, no entanto, determina prisão temporária, de cinco dias, de Caio Faria Donatelli.
O advogado, Jayme Henrique, que representa Caio, informou que está seu cliente está na Polícia Federal em São Mateus e que só após a audiência de custódia a defesa vai se pronunciar sobre a prisão.
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