O prefeito de Marataízes, Robertino Batista da Silva, o secretário municipal de Saúde, Eraldo Duarte Silva Junior, e o secretario municipal de Obras e Urbanismo, Ricardo Pepe Reis, foram afastados da prefeitura por decisão judicial. A informação foi confirmada pela comunicação da prefeitura da cidade.
As ordens judiciais de afastamento temporário das funções públicas foram cumpridas na manhã desta terça-feira (14) durante a Operação Salvação, deflagrada pela Polícia Federal. O órgão investiga os crimes de corrupção e lavagem de dinheiro envolvendo servidores públicos em contrato da área da saúde custeado com verbas federais.
A decisão, por envolver membros do Executivo municipal com direito a foro privilegiado, foi tomada pelo Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF 2).
A informação do afastamento foi conformada pela assessoria de comunicação do município no final da manhã. Segundo o município, o período do afastamento é de 90 dias.
“A prefeitura de Marataízes foi notificada a afastar o prefeito, secretários de saúde e de obras, e vai proceder com as determinações judiciais", disse em nota a prefeitura. Segundo a assessoria de imprensa da cidade, o processo corre em segredo, portanto, não serão passadas mais informações. "Quanto ao prefeito Tininho, vai acionar o seu jurídico para apresentar as suas versões sobre os fatos”, divulgou o setor de comunicação.
O vice-prefeito José Amintas Pinheiro Machado foi procurado pela reportagem, mas ele não atendeu as ligações. Os secretários citados também não foram localizados pela reportagem de A Gazeta.
A Polícia Federal realizou uma operação na manhã desta terça-feira (14) para investigar supostas solicitações de propina que teriam sido cobradas por agentes públicos do município de Marataízes.
A Operação Salvação, segundo a PF, investiga os crimes de corrupção e lavagem de dinheiro envolvendo servidores públicos em contrato da área da saúde custeado com verbas federais.
De acordo com o superintendente regional da Polícia Federal no Espírito Santo, Eugênio Ricas, foram cumpridos seis mandados de busca e apreensão e três ordens judiciais de afastamento temporário das funções públicas, além de sequestro de bens.
“A operação investiga suposta solicitação de propinas, perpetradas, em tese, por agentes públicos do município de Marataízes. As investigações apontam indícios que os agentes públicos cobravam vantagens indevidas a empresários que prestavam serviços ao município. Essas propinas giravam em torno de 5% a 10 % do contrato, com possíveis manobras de dissimulação da origem ilícita das propinas”, disse Ricas.
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