Eleito prefeito de Vitória no último domingo (29), o deputado estadual Lorenzo Pazolini (Republicanos) diz que vai trabalhar para viabilizar a implementação de uma escola cívico-militar na Capital. O modelo é uma das principais bandeiras educacionais da gestão do presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido).
"Se o governo federal nos auxiliar, puder fazer um convênio, transferir verba, ajudar, e nós tivermos orçamento para fazer, nós iremos fazer. Vamos trabalhar para viabilizar", disse durante entrevista para Rádio CBN Vitória, na manhã desta segunda-feira (30). "Estou aberto a toda boa proposta para a cidade, sem viés ideológico, sem construção enviesada."
Durante toda a campanha eleitoral, Pazolini passou ao largo do discurso ideológico. Em momentos que foi questionado sobre seu alinhamento com o governo federal, fugiu. Logo após resultado nas urnas, voltou a afirmar: "Não esperem de mim construções ideológicas."
De acordo com o prefeito eleito, há demanda na cidade para a implantação de escolas cívico-militares, que já existem em dois municípios no Estado: Viana e Montanha. Ele ressaltou, contudo, que não será um modelo imposto aos pais.
"O pai ou mãe são soberanos, eles vão decidir. Se eles entenderem que o filho deve seguir o modelo tradicional, padrão, que dá resultado, que ele siga, vai ser valorizado. Se ele entender que é o momento do filho ingressar na escola cívico-militar, nós, como prefeitura, iremos disponibilizar", declarou.
Escolas cívico-militares têm gestão compartilhada entre militares e civis e preveem que militares da reserva atuem em tutorias e na área administrativa e não como professores. Esse modelo segue a Base Nacional Comum Curricular estabelecida pelo Ministério da Educação (MEC).
O manual do MEC, além de estabelecer quais são as funções e obrigações dos servidores dentro das escolas, também lista as regras que devem ser seguidas pelos alunos, por exemplo, como devem se vestir e cortar o cabelo.
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