Após a desmobilização da maior parte dos manifestantes que se concentravam na Prainha, em Vila Velha, em frente o 38º Batalhão de Infantaria do Exército, a Prefeitura de Vila Velha realizou na tarde desta terça-feira (3) uma operação conjunta de recuperação e limpeza do local.
De acordo com a prefeitura, muito lixo foi produzido e deixado no parque pelo grupo. Outro impacto foi uma grande área degradada do parque em função da ocupação irregular. O município afirmou que tudo será removido, avaliado e corrigido.
"A prefeitura irá avaliar o tamanho dos estragos, apontar o valor do gasto para recuperar todo o espaço e relatar aos órgãos de controle", informou a gestão de Arnaldinho Borgo em nota.
Durante o trabalho da equipe da Secretaria de Serviços Urbanos, foram retiradas barracas e paletes e pedaços de madeira que estavam na área do Parque da Prainha. O gramado na área de 6 mil metros quadrados também está destruído. Não foram identificadas avarias nos bancos ou no parquinho infantil, segundo o secretário de Serviços Urbanos, Rogério Mattos.
O secretário afirmou que o trabalho de recuperação deve levar pelo menos 60 dias, pois o solo precisa ser tratado para depois a grama ser reinstalada no local.
Uma equipe da Secretaria de Posturas também estava notificando os ambulantes irregulares presentes na área. Os que permanecerem e forem cadastrados na prefeitura serão multados, caso contrário serão retirados do local, visto que não podem pernoitar no local.
Moradores do município que frequentam o Parque da Prainha, principalmente a área do parquinho infantil, comemoram a limpeza do local, principalmente em período de férias escolares.
Segundo a dona de Casa Luciene Cândido, que mora na Glória, agora vai ficar mais fácil frequentar a área, que é boa para levar as crianças para brincar. "Meu marido passava pelo local durante a ocupação e disse que tinha muita dificuldade de passar porque as ruas estavam interditadas e tinha gente acampada", afirmou.
Já a professora Mafalda Vicente também aproveitou a tarde de terça para levar crianças na área da Prainha. Ela conta que ficou receosa de frequentar o local durante a ocupação, que costuma ir mais durante as férias. Ela, porém, destacou que as pessoas têm direito de se manifestarem.
Um grupo inconformado com a derrota de Jair Bolsonaro (PL) na eleição presidencial começou a ocupar o local há cerca de dois meses em protesto contra o resultado, sendo que a maioria deixou a Prainha após Lula (PT) tomar posse no domingo (1º).
No entanto, a reportagem A Gazeta identificou que um pequeno grupo persiste no ato, em frente ao Exército, nesta terça.
Apesar da Guarda Municipal estar no local durante a operação, os manifestantes que continuam não foram retirados, bem como as faixas estendidas no local.
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