O presidente da Assembleia Legislativa, Erick Musso (Republicanos), formalizou uma representação junto ao Ministério Público do Espírito Santo (MPES) para que se investigue uma falsa conversa por WhatsApp, atribuída a ele, e que circulou nas redes sociais. Nas imagens dos diálogos, ele estaria conversando com uma pessoa não identificada criticando o governador Renato Casagrande (PSB) e outros parlamentares, por conta do posicionamento frente às reivindicações salariais dos policiais militares.
Em um vídeo de esclarecimento, Musso apontou alguns indícios que demonstram que a conversa é falsa e que ele foi vítima de "fake news". Ele afirma que sua foto do WhatsApp é pública e que a montagem não tinha foto. Disse ainda que quem o conhece sabe que seu linguajar não é aquele utilizado no diálogo montado.
"Rechaço veemente qualquer tipo de fake news. Respeito todos os parlamentares, da bancada estadual, federal e o governador, que foram citados nessa falsa conversa. Respeito muito os pleitos da Polícia Militar e das demais categorias, que são legítimos."
No diálogo falso, o presidente da Assembleia teria dito que a situação do governador "não está nada fácil", pois ele está ao redor de "um bando de sangue-sugas que querem garantir o próximo mandato, mas que vão fazer ele perder o mandato atual".
O interlocutor da conversa então afirma que Casagrande iria perder o mandato nas mãos da PM, com ou sem greve, pois a situação deles "faz vergonha" e "são chacota no Brasil inteiro".
Depois, Musso responderia que "se não estourar outra greve, [eles] vão para cima nas eleições", "e se der bom, são mais de 30 mil PMs e familiares espalhados no Estado todo" e que "Da Vitória [deputado federal] vai conseguir inviabilizar o governador para poder vir, e só resta desenhar a posição de Do Val [senador] nesse cenário".
No fim da conversa, o interlocutor envia ainda imagens com montagens que fazem críticas a Casagrande pela questão salarial da Polícia Militar. E Erick teria respondido: "CG dá vontade de rir". Os prints da conversa circularam em vários grupos de WhatsApp, principalmente de policiais militares e de políticos.
No vídeo em que denunciou a fake news, Erick Musso também se posicionou sobre o trabalho da Assembleia Legislativa.
"Quero deixar essa casa como uma ponte entre as categorias e o governo do Estado. É a caixa de ressonância do governo capixaba. Tem 30 parlamentares com diálogo aberto para defender os interesses da população. Esta Casa continua e sempre estará atenta às reivindicações, aberta ao diálogo e buscando soluções para melhorar a vida da população", disse.
Na representação feita ao Ministério Público, Musso pediu que seja providenciado o fim da circulação das imagens da conversa inverídica, e também a averiguação e punição dos responsáveis, por ter sofrido ataque em sua honra e imagem. Ele argumentou que a fake news teve a intenção de causar prejuízos a ele e a todos os políticos citados, e também causar desestabilidade institucional.
"Não se pretendeu apenas manchar a reputação do representante por divergência de posicionamento, mas, fundamentalmente, trata-se da criação de um fato mentiroso para gerar prejuízos injustificáveis aos envolvidos e causar desestabilidade institucional", defendeu, na representação.
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