> >
Presidente da Assembleia, Erick Musso vai ao MPES por fake news

Presidente da Assembleia, Erick Musso vai ao MPES por fake news

Imagens de uma suposta conversa entre presidente da Assembleia Legislativa e uma pessoa não identificada circularam nas redes sociais. No diálogo, ele critica o governador Renato Casagrande

Publicado em 6 de fevereiro de 2020 às 23:08

Ícone - Tempo de Leitura 0min de leitura

O presidente da Assembleia LegislativaErick Musso (Republicanos), formalizou uma representação junto ao Ministério Público do Espírito Santo (MPES) para que se investigue uma falsa conversa por WhatsApp, atribuída a ele, e que circulou nas redes sociais. Nas imagens dos diálogos, ele estaria conversando com uma pessoa não identificada criticando o governador Renato Casagrande (PSB) e outros parlamentares, por conta do posicionamento frente às reivindicações salariais dos policiais militares. 

Em um vídeo de esclarecimento, Musso apontou alguns indícios que demonstram que a conversa é falsa e que ele foi vítima de "fake news". Ele afirma que sua foto do WhatsApp é pública e que a montagem não tinha foto. Disse ainda que quem o conhece sabe que seu linguajar não é aquele utilizado no diálogo montado.

"Rechaço veemente qualquer tipo de fake news. Respeito todos os parlamentares, da bancada estadual, federal e o governador, que foram citados nessa falsa conversa. Respeito muito os pleitos da Polícia Militar e das demais categorias, que são legítimos."

A CONVERSA FALSA

No diálogo falso, o presidente da Assembleia teria dito que a situação do governador "não está nada fácil", pois ele está ao redor de "um bando de sangue-sugas que querem garantir o próximo mandato, mas que vão fazer ele perder o mandato atual".

O interlocutor da conversa então afirma que Casagrande iria perder o mandato nas mãos da PM, com ou sem greve, pois a situação deles "faz vergonha" e "são chacota no Brasil inteiro".

Depois, Musso responderia que "se não estourar outra greve, [eles] vão para cima nas eleições", "e se der bom, são mais de 30 mil PMs e familiares espalhados no Estado todo" e que "Da Vitória [deputado federal] vai conseguir inviabilizar o governador para poder vir, e só resta desenhar a posição de Do Val [senador] nesse cenário".

Erick Musso é presidente da Assembleia Legislativa. (Tati Beling/Assembleia)

No fim da conversa, o interlocutor envia ainda imagens com montagens que fazem críticas a Casagrande pela questão salarial da Polícia Militar. E Erick teria respondido: "CG dá vontade de rir". Os prints da conversa circularam em vários grupos de WhatsApp, principalmente de policiais militares e de políticos. 

No vídeo em que denunciou a fake news, Erick Musso também se posicionou sobre o trabalho da Assembleia Legislativa.

"Quero deixar essa casa como uma ponte entre as categorias e o governo do Estado. É a caixa de ressonância do governo capixaba. Tem 30 parlamentares com diálogo aberto para defender os interesses da população. Esta Casa continua e sempre estará atenta às reivindicações, aberta ao diálogo e buscando soluções para melhorar a vida da população", disse.

PEDIDO AO MINISTÉRIO PÚBLICO

Na representação feita ao Ministério Público, Musso pediu que seja providenciado o fim da circulação das imagens da conversa inverídica, e também a averiguação e punição dos responsáveis, por ter sofrido ataque em sua honra e imagem. Ele argumentou que a fake news teve a intenção de causar prejuízos a ele e a todos os políticos citados, e também causar desestabilidade institucional. 

"Não se pretendeu apenas manchar a reputação do representante por divergência de posicionamento, mas, fundamentalmente, trata-se da criação de um fato mentiroso para gerar prejuízos injustificáveis aos envolvidos e causar desestabilidade institucional", defendeu, na representação.  

Este vídeo pode te interessar

Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem

Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta

A Gazeta integra o

The Trust Project
Saiba mais