O diretor-presidente do Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Espírito Santo (Idaf), Mário Louzada, fez um comentário ofensivo e machista sobre a esposa do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), Michelle Bolsonaro, em um grupo de WhatsApp e foi alvo de críticas nas redes sociais. Na mensagem, Louzada insinua que a primeira-dama trai o marido quando ele está viajando. Em vídeo, publicado nesta quarta-feira (27), o diretor-presidente do Idaf pediu desculpas pela declaração.
Uma imagem da mensagem enviada por Louzada no grupo foi divulgada nas redes sociais por apoiadores do presidente. "Tô aqui imaginando os rocks que Michelly (sic) deve fazer quando o maridão viaja! Cara, é leite condensado, vinho, azeitona, pepino! Pense!!!!", diz o texto enviado pelo diretor-presidente do Instituto.
Na mensagem, Louzada atrela uma suposta infidelidade de Michelle a compras de alimentos pelo governo federal. Despesas com leite condensado e vinho, por exemplo, foram divulgadas pelo site Metrópoles no último dia 24. Somente com leite condensado foram gastos, somando todos os órgãos do governo, R$ 15 milhões em 2020.
"Tão calunioso, muito feio e desrespeitoso", comentou uma mulher no Instagram. Outra cobrou um posicionamento do governo estadual sobre a publicação do diretor-presidente do Idaf, que é uma autarquia do Executivo. "Ofensa gravíssima contra a primeira-dama do Brasil!!! Ofensa a todas as mulheres", complementou.
Com a repercussão negativa nas redes sociais, Louzada publicou no perfil público dele no Facebook um vídeo no qual pede desculpas à primeira-dama e "a todos aqueles que se sentiram ofendidos". Ele considerou o comentário "despretensioso e infeliz".
"Estou aqui publicamente para pedir desculpas à primeira-dama do Brasil, Michelle Bolsonaro, e a todos aqueles que se sentiram ofendidos com um comentário despretensioso e infeliz que eu fiz em um grupo de WhatsApp. Quem me conhece sabe muito bem do meu profundo respeito às mulheres e a toda luta que, historicamente, elas travam contra o preconceito e contra o machismo", disse.
"Esse comentário, além de infeliz, era completamente desnecessário e não deveria ter sido feito. Ele contraria toda a minha história de vida a favor da luta das mulheres e do respeito que eu tenho por elas", finalizou Louzada.
O governo do Espírito Santo e o Idaf foram procurados pela reportagem para se posicionarem sobre o caso. Este texto será atualizado assim que houver resposta.
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