Agentes da Polícia Federal cumprem na manhã desta terça-feira (24), em nova ação da Operação Lava Jato, mandados de busca e apreensão nos gabinetes do senador Ciro Nogueira (PP-PI), presidente do partido, e do deputado Eduardo da Fonte (PP-PE), no Congresso Nacional. Há ainda um pedido de prisão contra o ex-parlamentar Márcio Junqueira (PP-RR).
A operação desta terça-feira foi deflagrada para apurar crime de obstrução de Justiça e organização criminosa. Os mandados foram autorizados pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin em conjunto com a Procuradoria-Geral da República (PGR).
A segurança do Senado chegou a interditar o corredor que dá acesso ao gabinete de Ciro Nogueira, que está em Portugal com a família.
Ciro Nogueira e Dudu da Fonte já foram denunciados ao Supremo por organização criminosa no inquérito conhecido como "quadrilhão" do PP. A denúncia foi feita ainda por Rodrigo Janot, mas em março a atual procuradora-geral, Raquel Dodge, referendou as acusações. O Ministério Público afirma que os integrantes do partido indicavam para cargos no governo federal pessoas comprometidas em arrecadar propina para o grupo.
DEFESA
O advogado do senador Ciro Nogueira divulgou nota afirmando que o parlamentar está disposto a colaborar com as investigações.
"Desconhece a defesa, até o presente momento, as razões da determinação judicial do ministro Fachin. É certo que o senador sempre se colocou à disposição do Poder Judiciário, prestando depoimentos sempre que necessário e, inclusive, já foi alvo de busca e apreensão. Continuará a agir o senador como o principal interessado no esclarecimento dos fatos. No momento, a defesa aguarda contato com o senador para poder ter o necessário instrumento de poderes que dará direito ao acesso aos fundamentos da medida de busca e apreensão", afirmou o advogado Antonio Carlos de Almeida Castro.
Na quinta-feira, Fachin, relator dos processos da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), mandou arquivar uma investigação contra deputados do PP - parte de um inquérito que investigava um repasse de R$ 2,7 milhões a seis deputados do partido, incluindo o líder do governo na Câmara, Aguinaldo Ribeiro (PB).
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