Na véspera do início da campanha eleitoral, o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Luís Roberto Barroso, pediu aos 148 milhões de eleitores brasileiros cuidado para evitar a contaminação por Covid-19 e disse que existe um outro vírus que ronda as eleições. Trata-se das notícias falsas, das campanhas de desinformação e de difamação, disse Barroso, em pronunciamento transmitido na rede nacional de televisão e rádio na noite deste sábado (26).
Segundo Barroso, o vírus das notícias falsas é capaz de comprometer não só a saúde pública, mas a própria democracia. Uma causa que precisa de mentiras, de ódio ou de agressões não pode ser boa. Pense nisso. Não faça aos outros o que não gostaria que fizessem com você. O mal faz mal mesmo a quem o pratica, disse o ministro, que também integra o Supremo Tribunal Federal (STF).
E acrescentou: Vamos fazer uma campanha com debate público de qualidade, franco e robusto, mas com respeito e consideração pelas pessoas e por suas ideias, mesmo que diferentes das nossas.
O presidente do TSE reforçou a importância dos cuidados com a saúde nos dias de votação - 15 de novembro, em todo o País, e 29 de novembro nas cidades em que houver segundo turno. Sempre que possível lave as mãos ou utilize álcool em gel após ter contato com alguém, ou com algum objeto, disse.
A principal forma de transmissão da doença ocorre quando uma pessoa fala ou respira próxima da outra. Por essa razão, as recomendações mais importantes são: evitar aglomerações, manter a distância mínima de 1 metro das outras pessoas e sempre utilizar máscara, acrescentou.
Barroso também defendeu evitar a distribuição de material impresso e recomendou que reuniões sejam feitas em lugares determinados.
Em tempos de polarização, o magistrado disse que é necessário fazer uma campanha com debate público de qualidade, mas sem deixar de lado o respeito e consideração pelas pessoas e por suas ideias. Mesmo que diferentes das nossas.
Para as eleições de novembro, segundo o TSE, foram adotados protocolos sanitários para proteger os eleitores, os candidatos e os agentes da Justiça Eleitoral durante todo o período de votação.
Um Plano de Segurança Sanitária foi elaborado a partir da orientação de especialistas médicos, infectologistas e biólogos do país. A preocupação da Justiça Eleitoral é evitar aglomerações e a disseminação do novo coronavírus nos mais de 95 mil locais de votação e mais de 401 mil seções eleitorais espalhados pelo país
Conforme o protocolo, todas as seções eleitorais terão álcool em gel para limpeza das mãos dos eleitores antes e depois da votação, e os mesários receberão máscaras, face shield (protetor facial) e álcool em gel para proteção individual. Cartazes serão afixados com os procedimentos a serem adotados por todos.
Os materiais foram doados ao TSE por importantes empresas e entidades brasileiras, evitando custo ao erário num momento em que o foco do poder público é combater a pandemia.
A orientação é a de que o eleitor permaneça de máscara desde o momento em que sair de casa, evite contato físico com outras pessoas e cumpra o dever cívico da forma mais ágil possível, sem permanecer por tempo desnecessário nos locais de votação.
*Com informações do Estadão e do TSE.
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