O empresário José Carlos Marcondes de Sousa, alvo da Operação Rubi, já não está foragido da Justiça. Isso porque dois mandados de prisão contra ele foram revogados. Um, de prisão preventiva, no braço da ação em Presidente Kennedy, foi derrubado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) e outro, de prisão temporária (cinco dias), referente à Rubi em Piúma, também caiu.
A operação investiga suspeitas de superfaturamento e direcionamento de contratos em troca de pagamento de propinas a agentes públicos. As duas primeiras fases, uma em maio e outra em outubro deste ano, foram focadas no Litoral Sul do Estado, com prisão e afastamento de autoridades políticas nas duas cidades.
De acordo com o advogado do empresário, Sebastião Gualtemar Soares, Sousa está trabalhando normalmente na Limpeza Urbana Serviços LTDA, que é uma das empresas investigadas, e não chegou a ser preso, passou meses foragido.
Ele é um dos sócios da empresa. O Ministério Público do Estado do Espírito Santo (MPES) apontou, após investigações do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), que houve pagamento de vantagens indevidas a lideranças políticas do Sul do Estado em municípios em que a empresa mantinha contratos.
José Carlos é irmão de Marcelo Marcondes de Sousa, o outro sócio da Limpeza Urbana. Marcelo fez acordo de delação premiada e deixou a cadeia em junho.
O advogado de José Carlos diz que as acusações contra o cliente não procedem e que o empresário atuava apenas na parte operacional dos negócios. "A função dele na empresa era operacional, não cuidava de dinheiro. Cuidava de peão", resume.
O empresário continua respondendo aos processos em liberdade.
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