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Procuradoria do ES deve comprar prédio na Reta da Penha por R$ 44 milhões

Procuradoria do ES deve comprar prédio na Reta da Penha por R$ 44 milhões

Deputados da Assembleia Legislativa do Espírito Santo (Ales) aprovaram projeto de lei que autoriza a liberação de crédito especial para aquisição do imóvel

Publicado em 17 de outubro de 2024 às 19:21

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Sede da Procuradoria Geral do Estado do ES
Sede da Procuradoria Geral do Estado do ES. (Carlos Alberto Silva)

Os deputados da Assembleia Legislativa do Espírito Santo (Ales) aprovaram um projeto de lei que autoriza a liberação de crédito especial de R$ 44,2 milhões para a Procuradoria Geral do Estado (PGE). Conforme a proposta enviada pelo Executivo estadual e aprovada pela Casa de Leis, a verba terá como destino principal a compra do prédio de 13 andares, localizado na Reta da Penha, em Vitória, alugado desde 2012 para funcionamento da própria PGE.

Em anexo encaminhado com a matéria, que foi aprovada em regime de urgência na sessão da quarta-feira (16), o governo sustenta que os recursos necessários à execução e liberação do crédito serão oriundos do superávit financeiro apurado no balanço patrimonial referente ao exercício financeiro do ano passado e estariam vinculados ao Fundo de Modernização e Incentivo à Cobrança da Dívida Ativa e de Reestruturação da PGE (Funcad).

Em conversa com a reportagem de A Gazeta na tarde desta quinta-feira (17), o procurador-geral do Estado, Iuri Carlyle do Amaral Almeida Madruga, explicou as razões pelas quais o crédito foi solicitado, bem como confirmou sua finalidade. Segundo Amaral, a intenção é realmente comprar todo o edifício em que a instituição opera atualmente e cuja despesa mensal a título de locação chega aos R$ 220 mil, conforme dados do Portal da Transparência do Executivo estadual.

"Na verdade, há alguns anos o Estado planeja a aquisição desse prédio, por uma questão de economia, porque a gente paga um valor expressivo de aluguel. Então, é uma aquisição para fins de economia do caixa do Tesouro estadual", afirma o procurador.

Ainda conforme as informações da transparência do governo do Estado, de fevereiro a outubro deste ano, já foi pago R$ 1.968.474,44, de R$ 3.187.277,29 empenhados, referente ao aluguel do imóvel que a PGE ocupa. Aparece como valor fixo e com poucas variações, no demonstrativo mês a mês, a quantia de R$ 199 mil, acrescida do valor de R$ 18.845,79. Veja imagem abaixo:

Procuradoria do ES deve comprar prédio na Reta da Penha por R$ 44 milhões
Demonstrativo do Portal de Transparência do governo do Estado mostra gasto mensal com aluguel de prédio onde funciona a PGE
Demonstrativo do Portal de Transparência do governo do Estado mostra gasto mensal com aluguel de prédio onde funciona a PGE. (Reprodução)

Ao falar especificamente sobre a aprovação da liberação de crédito especial pela Ales, o procurador-geral afirma que a apreciação e votação da matéria pelos parlamentares foi meramente protocolar, uma vez que, segundo ele, se trata apenas de uma previsão de despesa a ser lançada no orçamento do Executivo referente ao exercício financeiro deste ano. Amaral alega ainda que, mesmo com o projeto aprovado no Legislativo, não há previsão para a efetivação da compra do imóvel.

"Ainda não há previsão de quando o imóvel será comprado. A aprovação do projeto na Ales é apenas parte de todo o processo de aquisição. Lembrando, mais uma vez, que isso (estudo de compra do imóvel) já vem sendo feito ao longo dos últimos anos. Também é importante reforçar que esse valor de R$ 44 milhões não vem direto dos cofres do Executivo estadual, mas, sim, do  Fundo de Modernização e Incentivo à Cobrança da Dívida Ativa e de Reestruturação da PGE (Funcad)", assevera.

Por fim, o procurador-geral informou que as instalações da PGE ocupam sete andares do prédio. O local ainda tem outros cinco andares de garagem de veículos. A avaliação do imóvel para chegar ao valor autorizado pela Ales foi feita pela Secretaria de Estado de Gestão e Recursos Humanos (Seger).

Entre os aluguéis mais caros

Em 2019, reportagem de A Gazeta mostrou que a locação do imóvel localizado em uma área nobre de Vitória era o aluguel mais caro pago pelo governo. O primeiro contrato com a empresa que administra o edifício foi feito em 2011, e a mudança para o prédio ocorreu em 2012.

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