Por decisão do diretório nacional do PSB, os deputados federais Felipe Rigoni e Ted Conti, que representam o Espírito Santo na Câmara dos Deputados, estão suspensos por um ano de todas as atividades que exercem não só dentro do partido, como também de todas as funções e prerrogativas que adquiriram no parlamento, o que inclui a participação em comissões temporárias e permanentes.
A punição é consequência do posicionamento de ambos os deputados, que contrariaram o partido socialista ao votarem a favor da reforma da Previdência. A sigla havia fechado questão contra a matéria. Outros sete parlamentares receberam a mesma sanção, que poderá ser revertida após serem completados seis meses, caso os deputados punidos se adequem às diretrizes partidárias.
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A exceção foi para o deputado federal Átila Lira (PSB-PI), que, por também já ter votado a favor da reforma trabalhista, foi considerado reincidente. Em função disso, ele foi expulso do partido.
A reunião, que ocorreu na tarde desta sexta-feira (30) em Brasília contou com a presença de 107 integrantes do diretório do PSB, incluindo o governador Renato Casagrande (PSB). Membro da executiva nacional do partido, o governador sentou-se ao lado do presidente da sigla, Carlos Siqueira, mas se absteve de votar.
CONTRA EXPULSÃO
Para o governador, a punição deveria ter sido mais branda. Desde o início defendi uma posição equilibrada. O partido caminhou para uma posição equilibrada, mas podia ser um grau um pouco abaixo. Por isso me abstive da votação, justificou ele, que em outros momentos já havia se posicionado contra a possibilidade de expulsão do PSB.
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Enquanto Ted Conti afirma que respeita a decisão partidária e que não há enfrentamento entre os membros do partido, Rigoni considerou a decisão antidemocrática e já estuda deixar a sigla caso não consiga reverter sua suspensão de comissões.
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