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PT não terá candidato a prefeito na maior cidade do Norte do ES

PT não terá candidato a prefeito na maior cidade do Norte do ES

Candidato petista desistiu no dia 12 de setembro e Federação decidiu não lançar um novo nome para a disputa em Linhares

Publicado em 19 de setembro de 2024 às 14:31- Atualizado há 2 meses

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Vista geral de Linhares: rede hoteleira da cidade no combate ao coronavírus
Linhares é a maior cidade do Norte do Espírito Santo. (Felipe Reis)

Com a desistência do candidato Galego (PT) de disputar o comando do Executivo municipal em Linhares, o PT não terá mais candidato a prefeito nas Eleições 2024 na maior cidade do Norte do Espírito Santo. Nesta semana, a Federação Brasil da Esperança, composta pelo PT, PV e PCdoB, se reuniu e decidiu não lançar um novo nome. Os vereadores coligados foram liberados a fazer suas próprias articulações políticas a menos de 20 dias para o 1º turno, marcado para 6 de outubro.

Antes com quatro candidatos para escolher, os eleitores de Linhares terão agora três opções: o atual prefeito Bruno Marianelli (Republicanos), apoiado por PSD, Novo, MDB, Avante, Agir, PMB, DC e PP; o deputado estadual Lucas Scaramussa (Podemos), com a coligação formada por União Brasil, PRD, Federação PSDB/Cidadania, PDT e PSB; e Maurinho Rossoni (PL), com o PRTB na chapa.

Desde 2016, o PT não deixava de indicar candidato para a disputa do comando do Executivo da cidade, sem, no entanto, conseguir votação expressiva. 

  • 2020: Prof. Antonio de Freitas (PT) - 0,78% dos votos
  • 2016: Professor João (PT) - 1,84% dos votos

A Federação Brasil da Esperança cogitou indicar o ex-secretário municipal de Cultura Roberto Cordeiro, do PCdoB, para ser o candidato a prefeito. Os nomes de duas petistas também foram avaliados para a vaga de vice, o que acabou não se concretizando em tempo hábil.

O prazo permitido para a apresentação de um novo candidato era até segunda-feira (16), de acordo com as diretrizes do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Tanto nas eleições majoritárias como nas proporcionais, a mudança só é permitida se o novo pedido for apresentado até 20 dias antes do pleito – marcado neste ano para 6 de outubro – exceto em caso de falecimento de candidato, quando a alteração poderá ser efetivada após esse prazo.

Candidatura de José Carlos Elias

Galego foi escolhido para liderar a coligação “Linhares da Esperança” - composta pela Federação Brasil da Esperança e pelo Agir - após o PT desistir da candidatura de José Carlos Elias, que segue impedido pelo Tribunal Regional Eleitoral do Espírito Santo (TRE-ES) de se filiar ao partido.

No dia 2 de setembro, o desembargador Dair José Bregunce de Oliveira, do TRE-ES, analisou embargos de declaração do PT sobre a filiação de José Carlos e deu um voto duro contra o partido.

“Extrai-se dos autos, porém, que a questão de fundo abordada pelo embargante já foi exaustivamente apreciada no julgamento do pedido formulado na petição cível, tendo o voto condutor da resolução consignado, de maneira clara e sem omissões, que o senhor José Carlos Elias não se encontra quite com a Justiça Eleitoral, por estar com seus direitos políticos suspensos em razão de condenação por improbidade administrativa, não podendo exercer o direito ao voto, nem regularizar sua situação eleitoral, enquanto perdurar referido impedimento, com base em certidão do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), datada em 16.05.2024”.

Desempenho negativo do PT nas pesquisas em Linhares

Na última pesquisa Ipec realizada a pedido da Rede Gazeta sobre o cenário político em Linhares divulgada no dia 9 de setembro, Galego havia atingido apenas 3% dos votos na pesquisa estimulada, quando os nomes dos candidatos são informados aos entrevistados, e 1% na espontânea, quando não há apresentação dos nomes. A pesquisa mostrou ainda que ele era o candidato mais rejeitado na cidade.

Os eleitores de Linhares consultados sobre a intenção de voto para a prefeitura do município também fizeram a avaliação da gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT): 43% dos entrevistados no município classificam a administração do petista como ruim ou péssima, enquanto 29% consideram boa ou ótima. Outros 25% avaliam como regular e 2% não souberam ou não quiseram responder.

Entre os que avaliam positivamente, a gestão petista é considerada ótima por 9% e boa por 20%. Já na avaliação negativa, a administração de Lula é classificada como ruim por 11% e como péssima por 32% dos entrevistados.

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