Com a saída já anunciada da Rede, partido pelo qual se elegeu senador em 2018, Fabiano Contarato tem sido cobiçado por legendas de centro-esquerda. Além do PT, com quem Contarato mantém conversas, pelo menos outros três partidos, PDT, PSB e Cidadania, também têm mostrado interesse em filiar o parlamentar.
Em entrevista ao Papo de Colunista desta quarta-feira (30), o senador afirmou que ainda não decidiu seu o futuro partidário e que, por enquanto, analisa os convites que já foram feitos pelas siglas.
Por ocupar um cargo majoritário, Contarato não precisa esperar o período da janela partidária, de seis meses antes de uma eleição, para efetuar a troca. Assim, ele pode mudar de partido a qualquer momento durante o mandato.
"Hoje, acabou de sair daqui o Roberto Freire, que é presidente do Cidadania, me fazendo convite para ir ao Cidadania. Como eu tive o Lupi [Carlos Lupi], que já marquei uma conversa com ele, do PDT, com o Siqueira [Carlos Siqueira] do PSB, Mas isso ainda não está definido, se já estivesse eu teria anunciado publicamente", afirmou.
Confira o trecho na entrevista abaixo:
No início do ano, Fabiano Contarato se reuniu com o ex-presidente Lula em Brasília. Na ocasião, foi convidado pelo petista para se filiar ao PT e ser candidato ao governo do Espírito Santo pela legenda. Ficou de avaliar o convite.
De lá para cá, o senador deu vários indícios que poderia compor o grupo, participando de atos de filiação de alguns aliados ao PT, quando, com frequência, era chamado de governador. Mas as conversas com o Partido dos Trabalhadores parecem ter esfriado devido a um movimento de aproximação entre PT e PSB.
Nacionalmente, Lula tenta um alinhamento com partidos de centro-esquerda para obter apoio a sua candidatura à presidência da República em 2022. Uma aliança com o PSB poderia incluir um acordo para que os petistas não lançassem candidatos em Estados onde os socialistas já têm candidatura própria. É o caso do Espírito Santo, onde o governador Renato Casagrande (PSB) deve tentar a reeleição.
Aliados de Contarato afirmam que a filiação dele ao PT estaria condicionada à candidatura ao governo, o que ele nega. O senador, contudo, não esconde o desejo de ser governador do Estado. Caso tenha a legenda para concorrer em 2022, ele não pretende ficar omisso.
"Se eu entrar em um partido político e se houver uma construção de plano de governo para o Estado Espírito Santo, que seja um Espírito Santo muito melhor para reduzir a desigualdade, para gerar emprego e renda, para diminuir carga tributária naquilo que é competência do Estado, e se meu nome for escolhido, como o presidente gosta de usar o hino e eu também vou usar 'Verás que um filho teu não foge à luta', eu posso, sim, perfeitamente, ser candidato", afirmou.
"A população capixaba pode me dar 1% de votos, 2% de votos ou nem um, eu ser eleito, não ser eleito. Mas eu não quero mais me furtar, não vou ficar omisso."
Procurado pela reportagem, o presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, confirmou interesse em ter Contarato no partido e disse que vai se reunir com ele pessoalmente na próxima semana. O PDT também disse que tem mantido conversas com o parlamentar. Já com o Cidadania, a reportagem não conseguiu contato.
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