Uma quadrilha que assaltava motoristas de aplicativos foi detida nesta terça-feira (18) durante uma operação da Polícia Militar e da Polícia Civil, em Vitória. O grupo atuava há oito meses e fez mais de 30 vítimas.
As investigações começaram quando a Delegacia Regional de Vitória percebeu que havia um número grande de ocorrências semelhantes de roubos contra motoristas de aplicativos sempre na mesma região: Centro da Capital.
"Eram corridas curtas, que eram solicitadas por mulheres, mas quem entrava no veículo eram homens. Durante o trajeto, abordavam o motorista e tomavam objetos de valor, como cordões, celulares, dinheiro. Algumas vezes, roubavam o carro também", contou o delegado Marcio Braga, titular da Delegacia Regional.
Ao todo, já são 30 registros desde outubro de 2018. O modo de agir dos criminosos era sempre o mesmo. Depois de entrarem no veículo, eles mudavam o destino para as proximidades da Cidade Alta e anunciavam o assalto. Eles usavam facas, revólveres e até um golpe "mata-leão" para ameaçar as vítimas.
Foram presos no Morro do Moscoso e da Piedade Erick Flores de Macedo, 19, Maurício Pereira, 19, Waldir Ribeiro da Silva, 22 e Maurício Pereira, 23. Ainda está foragido André Luiz Pereira dos Santos, 19 anos. Também foi preso em flagrante por tráfico de drogas Rômulo Souza Reis, o Granola, 19 anos. Na casa dele, os policiais encontraram 27 buchas de maconha, um cordão com a letra M, cinco relógios, R$ 1130,00 em dinheiro. Além disso, um rádio comunicador e binóculos foram recolhidos na residência.
Ao todo, a operação cumpriu cinco mandados de busca e apreensão e quatro mandados de prisão pelos crimes de roubo e associação criminosa expedidos pela Justiça a pedido do delegado.
Para a Polícia Civil, há indícios de que o grupo ainda participava do tráfico de drogas no famosa Rua da Lama, onde há vários bares e restaurantes, no bairro Jardim da Penha, em frente à sede da Ufes. "Temos informações de que eles também usavam os veículos para fazer transporte de drogas para vender na rua da Lama, em Jardim da Penha", afirmou o delegado.
Os detidos foram reconhecidos por várias vitimas e algumas delas chegaram a ir à delegacia para realizar o reconhecimento.
"O que ajudou nas investigações foi uma troca de tiros que esse grupo, depois de roubar o carro de um motorista de aplicativo no Centro, com a policiais militares, em Cariacica. Isso aconteceu há cerca de quatro meses, quando buscamos por imagens após descobrirem que o carro era roubado", descreveu o delegado.
No início da noite, os quatro detidos ainda estavam sendo ouvidos na delegacia. De lá, deveriam ser levados para o Centro de Triagem de Viana.
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