Deputado estadual pelo PSL no Espírito Santo, Capitão Assumção, como o nome de urna sugere, é um militar, da reserva da PM. O parlamentar ganhou holofotes, críticas e até congratulações após oferecer, em um discurso na Assembleia Legislativa, recompensa de R$ 10 mil a quem matar o suspeito de assassinar uma jovem de Cariacica, na Região Metropolitana de Vitória.
O capitão Lucinio Castelo de Assumção surfa na onda do bolsonarismo, é assíduo defensor das políticas do governo federal na tribuna do Legislativo estadual.
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Elegeu-se com discurso ao estilo "bandido bom é bandido morto" e na esteira da greve da PM que, em fevereiro de 2017, deixou um rastro de 219 mortes no Espírito Santo. O oficial da reserva chegou a ficar preso por dez meses, acusado de incitar o movimento. Ele se entregou após, dias antes, fugir ao receber a ordem de prisão dada por um coronel.
A visibilidade pavimentou a candidatura dele, no ano seguinte. Mas não como estreante nas urnas. Assumção já foi deputado federal pelo PSB, partido do atual governador do Espírito Santo, Renato Casagrande. Hoje, é um crítico ferrenho da esquerda e, vez por outra, do próprio Casagrande.
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Curiosamente, Assumção escapou por um triz de ser expulso da Polícia Militar graças ao governador, que anistiou todos os militares alvos de processo administrativo envolvidos na greve. A anistia foi avalizada pelos deputados estaduais.
A passagem do então socialista Capitão Assumção pela Câmara dos Deputados deu-se de 2009 a 2011. Ele assumiu o mandato como suplente da coligação de Neucimar Fraga (então filiado ao PR), que renunciou para assumir a Prefeitura de Vila Velha.
O hoje deputado estadual também foi diretor de Habilitação e Veículos do Detran na gestão anterior de Casagrande, em 2011. Em outubro daquele ano, no entanto, ele perdeu o cargo. Assumção envolveu-se em um acidente de trânsito com um carro oficial, mas Casagrande, na época, disse que a saída do então correligionário não teve a ver com o episódio.
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Filiou-se ao PSL em março de 2018. Mas teve também passagem pelo PROS, pelo PRB, pelo PMB e pelo Solidariedade, de Paulinho da Força.
Antes da carreira política houve, claro, a militar. Formou-se soldado da PMES em 1983 e aspirante a oficial em 1994. Cursou Ciências Sociais na Ufes e até o terceiro período de Medicina Veterinária. Ele tem pós-graduação em Segurança Pública.
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As sessões plenárias da Assembleia Legislativa ocorrem às segundas, terças e quartas. E ele lá comparece sempre vestido com a farda, acrescida de insígnias e medalhas. Não é o único militar da Casa, mas é o único que se veste dessa forma. Gosta de polemizar, tanto que não se diz arrependido de ter oferecido recompensa a quem cometer um crime.
A pauta de Assumção na Assembleia é, principalmente, a segurança pública, mais detidamente pleitos corporativos de policiais militares. É a mesma postura que ele já havia adotado quando de sua passagem pela Câmara Federal. Mas, às vezes, ele varia de assunto. Propôs, por exemplo, a criação do Dia de Combate à Cristofobia no Espírito Santo.
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