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Quem mais ganhou e quem mais perdeu votos de 2018 para 2022 no ES

Quem mais ganhou e quem mais perdeu votos de 2018 para 2022 no ES

Confira quais são os candidatos que saíram fortalecidos e os que perderam capital político no intervalo de quatro anos entre uma eleição geral e outra

Publicado em 10 de outubro de 2022 às 15:48

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Quem sobre e quem desce nas eleições 2022
De 2018 para 2022, houve candidato do ES que ganhou mais de 70 mil votos. (Freekpik)

No primeiro turno das Eleições 2022, no último domingo (2), alguns candidatos saíram com capital político em alta após se tornarem campeões de voto. Sérgio Meneguelli (Republicanos) é um deles. O ex-prefeito de Colatina estreou na disputa para a Assembleia Legislativa conquistando o recorde de votação, com 138.523 votos. 

Entre os que já tinham se candidatado antes para o Legislativo estadual, o destaque fica para Capitão Assumção, que ganhou 70.925 votos de uma eleição para outra. A vereadora de Vitória Camila Valadão conseguiu se eleger também elevando a votação, saindo de 16.829 em 2018 para 52.221 votos em 2022. 

Quem mais ganhou e quem mais perdeu votos de 2018 para 2022 no ES

Na disputa pelas vagas na Câmara dos Deputados, quem se saiu bem foi Helder Salomão (PT), que se reelegeu como o mais votado em 2022 com 120.337 votos. Comparando com 2018, ele ganhou 46.953 votos de uma eleição para outra. Gilvan da Federal (PL) saiu dos 1.560 votos que recebeu para se eleger vereador de Vitória em 2020 para 87.994 conquistados em 2022 para deputado federal.  

Na contramão, nomes que chegaram a ser campeões de votos em pleitos anteriores tiveram desempenho pior nas eleições deste ano. Alguns deputados estaduais que tentaram vaga em Brasília e outros que tentaram a reeleição na Câmara até conseguiram se reeleger, mas com número de votos bem mais baixo do que eleições de 2018. É o caso de Amaro Neto (Republicanos), que perdeu 129.438 votos de 2018 para 2022. Em 2018 o jornalista recebeu 181.813 votos, enquanto em 2022 o número foi de 52.375. Confira abaixo alguns nomes.

PAPEL DA ONDA CONSERVADORA 

Entre os candidatos ao governo do Espírito Santo, Carlos Manato (PL) saiu fortalecido na avaliação do cientista político Fernando Pignaton por levar a disputa para o segundo turno depois de 28 anos. 

Ao avaliar o desempenho dos partidos, o cientista político destacou o desempenho do Republicanos. Embora não tenha feito Erick Musso se eleger senador, elegeu dois deputados na bancada federal e passou de 2 para 4 deputados estaduais. Amaro Neto foi um dos eleitos para a Câmara dos Deputados pelo partido, mas com desempenho pior em relação à última eleição, perdeu politicamente, avalia o cientista político. 

Também saiu forte o PL, favorecido com a onda conservadora que ajudou Magno Malta a voltar para o Senado e levou Manato ao segundo turno. O partido também elegeu um deputado federal e cinco estaduais. Segundo Pignaton, caso Manato seja eleito governador, Capitão Assumção deve caminhar para assumir a presidência da Assembleia. Ele foi o segundo candidato mais votado, com 98.669 votos.

O cientista político também considerou o fortalecimento político do Podemos dentro do bloco de centro-direita. Na Câmara dos Deputados, foram eleitos dois candidatos, Gilson Daniel e Dr. Victor, e na Assembleia foram três, Marcelos Santos, Lucas Scaramussa e Allan Ferreira. Para Pignaton, Marcelo Santos saiu fortalecido, conquistando 22 mil votos a mais do que em 2018. 

Do outro lado do espectro político, a esquerda também saiu fortalecida, com o aumento de cadeiras de deputado federal e estadual. "Helder (Salomão) se qualifica para ser um dos líderes mais importantes do Espírito Santo, podendo ser no futuro candidato ao Senado ou ao governo. Oferece uma alternativa do poder à esquerda competitiva", explica. 

PRINCIPAIS QUEDAS

O cientista político Fernando Pignaton avalia que, entre os partidos, uma das principais derrotas foi do PP, que tinha quatro deputados federais e, neste ano, conseguiu eleger dois. A bancada estadual também foi reduzida d quatro para dois deputados. 

Outro deputado derrotado citado foi Sérgio Majeski (PSDB). Pignaton destaca que ele foi por muitas vezes considerado o melhor deputado estadual, mas acabou não conquistando vaga em Brasília. Com os 40 mil votos que recebeu, poderia ter se reeleito na Assembleia. Em 2018, concorrendo ao segundo mandato, foi o campeão de votos na corrida por uma vaga na Ales, com 47.015 votos.

Também perdem capital político os ex-prefeitos de Vila Velha Neucimar Fraga (PP) e Max Filho (PDSB), que não conquistaram vaga na Câmara dos Deputados. A cidade canela-verde preferiu apoiar o atual vice-prefeito Victor Linhalis, que se elegeu pelo Podemos. 

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