A experiência e a juventude andam juntas na política. Prova disso foi a eleição de prefeitos e vereadores no Espírito Santo com idades entre 18 e 86 anos. No pleito de domingo (6), Cachoeiro de Itapemirim, Alfredo Chaves, Alto Rio Novo e Vila Velha foram responsáveis por eleger os candidatos mais novos e mais velhos. A diferença entre eles é de 68 anos.
Com 18 anos, Caio Drapal (PP) foi eleito vereador em Alto Rio Novo, no Noroeste do Estado, com 169 votos. Ele é o parlamentar mais novo entre os futuros ocupantes do Poder Legislativo no Estado.
O jovem, nascido em 2006, é estudante de Direito e perdeu o pai aos 11 anos. Aos 12, ele se mudou com a família para o Sul do Espírito Santo. O novo vereador já trabalhou como lavador de carros, em mercado e como ajudante de oficina. Inspirado pela mãe, que é assistente social, Caio Drapal sempre gostou de ajudar as pessoas.
“Acredito que o cargo de vereador seja o caminho mais fácil para ajudar as pessoas. Quero tornar a nossa cidade referência entre as menores e mostrar que é possível, sim, fazer a diferença. Vou provar que a idade não mede a capacidade de uma pessoa. Não quero ter apenas um mandato. Quero ser vice e até prefeito no futuro e vou trabalhar muito para isso”, ressalta.
Segundo ele, para ser eleito, a ajuda da família foi fundamental. “Chorei demais de emoção e só tenho a agradecer. Tenho a certeza de que vou ser um bom vereador”, afirma.
Também com 18 anos e também em Alto Rio Novo, Fábio Emanuel foi eleito vereador pelo Podemos, com 238 votos.
O vereador mais votado de Vila Velha também é o mais velho entre os eleitos para as Câmaras no Estado, no pleito de domingo (6). Doutor Hércules tem 85 anos e se elegeu com 7.275 votos. Ele já foi vereador e deputado estadual, sempre com atuação na saúde pública, inclusão de pessoas com deficiências e ajuda aos dependentes químicos.
“Esperava ter uma boa quantidade de votos, mas não ser o mais votado. Após anos na vida pública, decidi que tinha o dever e a obrigação de ajudar o prefeito Arnaldinho e a cidade. Não há idade para começar algo novo. Estou com muita garra para responder ao eleitor que me confiou mais de 7 mil votos”, comenta.
Aos 86 anos, Theodorico Ferraço (PP) foi prefeito mais velho eleito no Estado. O deputado estadual vai comandar a Prefeitura de Cachoeiro de Itapemirim pela quinta vez. Ao todo, são 57 anos de vida pública. Ele completa 87 anos em novembro.
Ele obteve 42,81% dos votos válidos e ressalta que a equipe de transição já está formada. Após a análise dos profissionais, o experiente político diz que será possível fazer um real diagnóstico das necessidades do município.
Entre as iniciativas, está a previsão de realização de concurso público para professores. Segundo Ferraço, o contrato dos temporários termina no final do ano.
“Vamos realizar coisas interessantes para a cidade ligada ao Parque do Itabira, programa especial para a saúde, entre outras iniciativas. A segurança pública e o trânsito também fazem parte das prioridades. O meu vice-prefeito (Júnior Corrêa) tem 27 anos e vamos juntar a experiência e a juventude. Estamos animados”, pontua.
Com 61 anos de diferença, o prefeito eleito mais novo do Estado é Hugo Meneghel (PP), de 25 anos. Ele está na política há quatro anos e, até o final deste ano, vai ocupar uma cadeira no Legislativo municipal. O progressista recebeu pouco mais de 58% dos votos válidos para assumir a Prefeitura de Alfredo Chaves.
“Percebi que a cidade precisava de vários avanços, sobretudo na saúde. Sabia que não conseguiria resolver esses problemas apenas com a cobrança de vereador. Durante meu mandato, procurei mostrar meu posicionamento e estar presente na comunidade”, lembra.
Apesar da pouca idade, Hugo Meneghel se sente tão preparado quanto os outros candidatos. Formado em Direito, o jovem acredita que formar uma equipe técnica vai ajudar a dar prosseguimento as suas propostas.
“Estou tão preparado quanto qualquer um dos candidatos. Atualmente, faltam técnicos no comando das pastas e é uma das coisas que vou mudar. É preciso ter uma equipe forte para trabalhar em conjunto para uma boa administração”, salienta.
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta