Não há ambiente em que os jovens se sintam mais à vontade, e estejam em peso, como as redes sociais. É nesse espaço, utilizado majoritariamente por eles para lazer, que muitos também pretendem conhecer os candidatos e as propostas para as eleições municipais deste ano, adiadas para novembro devido a pandemia do novo coronavírus.
Na Capital, a estudante Letícia da Nóbrega, 18 anos, já acompanha o perfil de pré-candidatos por plataformas como o Instagram. Ela conta que acha importante ver não só as ideias que eles compartilham como o que publicam sobre a vida particular.
"Tem me ajudado bastante a ter uma ideia sobre quem essas pessoas são, quais valores elas acreditam, o tipo de conteúdo que compartilham, principalmente nesta pandemia, e quem elas seguem", comenta.
Com as medidas de distanciamento social, que devem ser mantidas durante as campanhas eleitorais, o uso das plataformas digitais por candidatos tende a se intensificar. Para o cientista político Rodrigo Prando, isso pode aproximar os jovens do debate e até despertar o interesse deles para serem mais ativos politicamente.
Mas como nem tudo que está nas redes sociais é verdade, é preciso ter muito cuidado com o que se vê e lê. Nos últimos anos, a desinformação tem sido uma arma poderosa usada por candidatos em disputas eleitorais no Brasil e no mundo. As estratégias se dão, sobretudo, pelo compartilhamento em massa de conteúdo falso ou enganoso para induzir pessoas a formar uma percepção errada sobre determinados candidatos ou partidos.
"Há muita desinformação e a internet acaba facilitando a disseminação deste tipo de conteúdo, que tem como objetivo manipular as pessoas, os eleitores. É importante estar atento ao que se lê em redes sociais, sempre checar em fontes seguras e até mesmo em sites de busca. Em alguns casos, uma simples pesquisa já mostra se algo é falso ou não. Os jovens precisam ter em mente que é interessante usar as redes, mas com filtros e não como única fonte de informação", afirma Prando.
O estudante João Guilherme Nascimento Nossa, 17 anos, é ativo em diversas plataformas das redes sociais, mas diz que não confia nelas como fonte de informação. Para ele, é um espaço que permite às pessoas "serem quem elas querem ser".
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