Pode acontecer, mas não é uma obrigatoriedade reduzir as mortes em intervenções da polícia em São Paulo, afirmou o governador João Doria (PSDB) em entrevista coletiva no Palácio dos Bandeirantes nesta sexta-feira (27). Neste ano, só a Polícia Militar matou 506 pessoas no estado.
"A redução de letalidade, ela pode acontecer, mas não é uma obrigatoriedade, porque a polícia tem orientação clara de obediência aos protocolos de uso progressivo da força. Não vamos no uso máximo da força", afirmou o tucano, que não apresentou entre as propostas eleitorais nenhuma medida para reduzir a letalidade policial.
No primeiro semestre, houve aumento de 11,5% no número de pessoas mortas por policiais militares em serviço no estado, em comparação com o mesmo período do ano passado. "Lamentavelmente [há] circunstâncias em que existe o enfrentamento, e o bandido na pronta resposta reage com arma de fogo e nesta circunstância vou repetir o que sempre digo: entre a vida de um policial e a de um bandido, o governo de São Paulo fica com a vida do policial. Quem vai pro cemitério é o bandido", afirmou Doria.
Indagado se o governo adotou o slogan "polícia de respeito", em propaganda recém-divulgada sobre segurança pública, para se diferenciar de outras polícias como a do Rio de Janeiro, sob gestão Wilson Witzel (PSC), o possível concorrente na disputa pela presidência da República em 2022, Doria negou. "[Fazemos] uma política de trabalho e de gestão, não foi para estabelecer diferença com esse ou aquele governo, seja estadual ou federal", disse.
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