Os prefeitos reeleitos de Vitória, Lorenzo Pazolini (Republicanos); Vila Velha, Arnaldinho Borgo (Podemos); e Cariacica, Euclério Sampaio (MDB), contaram com os feitos do primeiro mandato para convencer os eleitores a optarem pela continuidade da administração, mas não só com isso. Os mandatários também investiram recursos milionários nas respectivas campanhas eleitorais para fazer circular materiais físicos e digitais, jingles, propagandas e também contratar equipes de marketing, transportes e outros serviços necessários para alcançar o comando dos municípios.
Mas quanto, exatamente, custa se reeleger na Grande Vitória? Para responder a essa pergunta, A Gazeta consultou as despesas totais de cada prefeito reeleito no dia 6 de outubro, primeiro turno do pleito — quando os três saíram vitoriosos da disputa eleitoral —, e o total de votos recebidos por eles neste ano e também na eleição municipal de 2020, quando conquistaram o primeiro mandato. Em seguida, foi calculado o valor de cada voto recebido, a partir da divisão dos gastos pela quantidade de votos, nos dois pleitos.
Os dados utilizados pela reportagem são parciais e foram extraídos em 29 de outubro — as campanhas encerradas no primeiro turno têm até 5 de novembro para encaminhar a prestação de contas definitiva à Justiça Eleitoral. Para as campanhas de segundo turno, o prazo vai até 19 de novembro.
Nos três casos, os chefes dos Executivos municipais investiram um valor maior nas campanhas de 2024, em relação às de 2020. Juntos, os valores totais das despesas somam quase R$ 6 milhões — R$ 2,3 milhões a mais do que a quantia gasta nas eleições anteriores. A diferença entre o valor de cada voto neste ano e naquele indica quanto, a mais, foi preciso gastar para garantir a reeleição.
Vila Velha
Arnaldinho Borgo foi o que mais aumentou os investimentos na campanha eleitoral: R$ 1.763.719,59 a mais neste ano. Em 2020, gastou R$ 456,4 mil e recebeu 138.741 votos no segundo turno da eleição; já em 2024, as despesas somam mais de R$ 2,2 milhões, e os votos, 193.451. O valor de cada voto recebido passou de R$ 3,28 para R$ 11,47, e os 54.710 eleitores a mais resultaram na vitória do prefeito com 79,04% dos votos válidos.
Vitória
Para seguir à frente da Capital do Estado, Pazolini gastou R$ 2.598.836,33, cerca de R$ 107 mil a mais do que em 2020, quando as despesas somaram R$ 2.491.703,85. Há quatro anos, o prefeito de Vitória foi escolhido por 102.466 eleitores e, neste pleito, conquistou mais 3.133, somando 105.599 (56,22%). Cada um dos votos recebidos neste ano custou apenas R$ 0,30 a mais do que em 2020, totalizando R$ 24,61.
Cariacica
Já Euclério Sampaio aumentou o investimento na campanha e os votos recebidos, mas o valor por cada voto permaneceu quase o mesmo: neste ano, foram gastos R$ 0,09 a mais do que em 2020, totalizando R$ 6,08. Os eleitores que escolheram o emedebista somaram 95.356 no último pleito e, neste, 168.771 (88,41%) — 73.415 a mais. Já aos recursos, foram somados R$ 454.988, resultando na quantia de pouco mais de R$ 1 milhão gasto. Em 2020, as despesas totalizaram quase R$ 572 mil.
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