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Resumo da CPI da Covid: colegiado foca "tratamento precoce" ineficaz

Resumo da CPI da Covid: colegiado foca "tratamento precoce" ineficaz

Entrando no segundo mês de trabalho, os senadores ouviram a oncologista e imunologista Nise Yamaguchi e a infectologista Luana Araújo. Veja vídeo

Publicado em 7 de junho de 2021 às 15:27

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Omar Oziz, Randolfe Rodrigues e Renan Calheiros. Em 14ª e 15ª reunião, CPI ouviu oncologista aliada de Bolsonaro e infectologista que foi cortada do Ministério da Saúde
Omar Oziz, Randolfe Rodrigues e Renan Calheiros. Em 14ª e 15ª reunião, CPI ouviu oncologista aliada de Bolsonaro e infectologista que foi cortada do Ministério da Saúde. (Leopoldo Silva)

Dando início ao segundo mês de trabalho, a CPI da Covid, instalada no Senado, ouviu na semana passada a oncologista e imunologista Nise Yamaguchi e a infectologista Luana Araújo. Com posicionamentos contrários, as duas médicas prestaram depoimentos na quinta semana de oitivas do colegiado.

Nise Yamaguchi é uma das principais defensoras do uso de medicamentos comprovadamente ineficazes como prevenção e tratamento inicial à Covid-19. No depoimento, a médica negou ter sugerido alterar a bula da cloroquina. A informação contradiz depoimentos anteriores do diretor-presidente da Anvisa, Antônio Barra Torres, e do ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta.

Luana Araújo, médica infectologista, foi anunciada como secretária de Enfrentamento à Covid-19 pelo atual ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, mas ficou apenas 10 dias no cargo e não chegou a ser nomeada. A cientista defendeu que não existe tratamento precoce para a Covid-19 e sustentou, ainda, que nunca foi informada sobre o motivo pelo qual não foi nomeada para a secretaria. Veja o resumo dos depoimentos no vídeo abaixo.

ENTENDA A CPI

Formada por 11 senadores titulares e sete suplentes, a CPI da Covid está instalada desde a segunda quinzena de abril. Os senadores têm prazo inicial de 90 dias para colher depoimentos e levantar documentos para apurar as ações e possíveis omissões do governo federal no enfrentamento à pandemia de Covid-19, que já matou 473 mil brasileiros. Os parlamentares também investigam governos estaduais quanto ao uso de verbas federais destinadas à crise sanitária.

Até o momento, o colegiado ouviu mais de dez depoentes, entre ex-ministros, ministro da Saúde e médicos envolvidos na estratégia de enfrentamento à pandemia do governo federal. Na terça-feira (8) o titular da Saúde, Marcelo Queiroga, voltará para prestar um segundo depoimento. Para os senadores, Queiroga omitiu informações anteriormente.

Também serão ouvidos o ex-secretário executivo do Ministério da Saúde Antônio Elcio Franco Filho, na quarta-feira (9), e o governador do Amazonas, Wilson Lima, na quinta (11). O chefe do Executivo amazonense será o primeiro governador a ser ouvido pelo colegiado. Na quinta-feira (11), uma audiência pública interativa vai reunir a microbiologista e Pesquisadora da Universidade de São Paulo (USP) Nathália Pasternak e o médico sanitarista da Fundação Oswaldo Cruz e ex-Presidente da Anvisa Cláudio Maierovitch.

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