Réu em processo de estupro contra uma adolescente de 17 anos, o ex-deputado estadual Luiz Durão (PDT) marcou presença em evento partidário nesta segunda-feira (26), na Câmara de Cariacica.
Vice-presidente estadual da sigla, ele ocupou lugar à mesa no evento de filiação do vice-prefeito da cidade, Nilton Basilio (ex-PSDB), após longo período afastado de compromissos públicos.
Durão está prestes a conhecer a sentença neste processo. Os autos estão prontos para receber decisão desde 24 de julho, quando apareceram no andamento processual como conclusos para a decisão da juíza Letícia Maia Saúde, da 2ª Vara Criminal da Serra. Logo, o ex-deputado pode, a qualquer momento, ser condenado ou absolvido.
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Enquanto isso, ele continua com o mesmo status no PDT estadual, o de vice-presidente do partido. A Comissão de Ética da agremiação diz que só poderá tomar alguma providência caso exista alguma decisão judicial desfavorável ao político.
"Estamos aguardando a decisão da Justiça. Só a partir dela a Comissão de Ética vai avaliar os caminhos. Não tem nada de impedimento contra ele. Ele continua vice-presidente. Tem um tempo que Durão estava afastado de tudo isso. Nem nas reuniões da Executiva estava indo", contou o presidente da comissão, Júnior Fialho (PDT).
No evento, Nilton Basilio assinou a ficha de filiação e encaminhou a entrada no partido. Ele disse que não convidou o ex-deputado para a cerimônia. Durão sentou ao lado do presidente do PDT, o deputado federal Sérgio Vidigal, em mesa também ocupada pelo secretário estadual de Esportes, Júnior Abreu (PDT).
"Eu nem o conhecia pessoalmente, mas ele é da Executiva. Ele veio como membro da Executiva. Não foi um convite pessoal meu, até porque não tenho contato com Luiz Durão. Meu contato até então era com Sérgio Vidigal e com Júnior Abreu. Creio que foi a convite de Viidigal", disse o vice-prefeito.
A assessoria de imprensa do deputado federal Sérgio Vidigal (PDT-ES) informa que o evento foi do PDT de Cariacica e os convites foram formulados pela executiva do partido local, através do presidente municipal, vereador Itamar Freire.
O CASO
Luiz Durão chegou a ficar preso por cerca de 40 dias após ser flagrado deixando um motel, na Serra. A prisão ocorreu no dia 4 de janeiro. Por ser advogado e ter direito a cela especial, o ex-deputado ficou preso no Quartel do Corpo de Bombeiros.
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No primeiro depoimento que prestou na delegacia, Durão, que na época estava no exercício do mandato, chegou a dizer que entrou no motel após sentir um desconforto intestinal. Para o Ministério Público Estadual (MPES), contudo, ele levou a menina para ter relação sexual com ela.
Na denúncia criminal, o MPES acusa o político de ter praticado o crime de estupro de forma premeditada. O órgão ministerial também considerou como agravante, na denúncia, o fato de o político ter "convivência no âmbito da família" da menina.
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