O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM), chegou ao Palácio Anchieta, em Vitória, por volta das 14h45 desta sexta-feira (04) para um encontro com o governador Renato Casagrande (PSB). Inicialmente, a reunião estava marcada para às 11h, seguida de um almoço às 12h com a presença de deputados e senadores da bancada capixaba. Mas houve atraso no voo de Maia e a agenda foi reprogramada.
O governador almoçou com os deputados Felipe Rigoni (PSB), Ted Conti (PSB), Lauriete (PSC) e Sergio Vidigal (PDT). Todos os integrantes da bancada foram convidados, mas apenas os quatro compareceram.
O encontro foi um pedido do presidente da Câmara dos Deputados, que entrou em contato com Casagrande. No pano de fundo está a eleição da Mesa Diretora do Congresso, marcada para o dia 1 de fevereiro de 2021.
O parlamentar tem se reunido com outros governadores para articular apoio para o nome que pretende indicar, caso não tente a reeleição. Especula-se que seja o do deputado federal Baleia Rossi (MDB).
Rodrigo Maia preside a Câmara desde 2016, quando chegou ao cargo após a queda de Eduardo Cunha (MDB). Foi reeleito duas vezes e, pela Constituição, não poderia disputar um outro mandato na atual legislatura.
Uma ação, contudo, tramita no Supremo Tribunal Federal (STF) para analisar a possibilidade tanto de Maia quando de Davi Alcolumbre (DEM), que preside o Senado, tentarem a reeleição. O julgamento começou na madrugada desta sexta-feira e quatro ministros já votaram favoráveis à reeleição.
Ao contrário de Alcolumbre, Maia não tem sinalizado que vai tentar um novo mandato, mas deve tentar emplacar um sucessor. Para isso, precisa articular apoio de partidos de esquerda, como é o caso do PSB.
No cenário político atual, Casagrande se destaca como um dos principais líderes do partido, e pode auxiliar nessas conversas.
Do lado oposto a Maia, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) tem se articulado para lançar um aliado para presidir a Câmara. O nome ventilado, no momento, é Arthur Lira (PP).
Reportagem do jornal O Globo revelou que Bolsonaro tem costurado apoio dentro do governo, negociando ministérios com partidos em troca do apoio a Lira.
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