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Rose de Freitas assina ficha de filiação e está de volta ao MDB

Rose de Freitas assina ficha de filiação e está de volta ao MDB

Em momento decisivo de eleição para a presidência do Senado e com a legenda em crise no Espírito Santo, senadora retorna à sigla após rápida passagem pelo Podemos

Publicado em 12 de janeiro de 2021 às 17:15- Atualizado há 4 anos

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Rose de Freitas de volta ao MDB
Rose de Freitas de volta ao MDB, senadora participou da cerimônia de filiação virtualmente. (Assessoria de Imprensa)

Após uma estadia curta, de pouco mais de dois anos, no Podemos, e um período sem filiação partidária, a senadora Rose de Freitas está de volta ao MDB. A parlamentar participou, virtualmente, na tarde desta terça-feira (12), da cerimônia de filiação. Rose retorna para a sigla em que passou a maior parte de sua vida política. Na eleição para deputada estadual, em 1982, por exemplo, já estava na legenda.

O diretório do MDB no Espírito Santo, que passa por uma crise e um racha desde a saída do ex-governador Paulo Hartung (sem partido), em 2018, enviou uma nota desejando boas-vindas à parlamentar.

Rose, ainda antes de formalizar a filiação, afirmou que poderia assumir a presidência da sigla no Estado, em uma tentativa de reestabelecer a força partidária no território capixaba.

O diretório destacou que a senadora retorna em um momento decisivo para a eleição da Mesa Diretora do Senado. O MDB tem Simone Tebet (MT) como candidata à presidência, em disputa com Rodrigo Pacheco (DEM-MG), nome apoiado por Alcolumbre e Bolsonaro.

O líder do Congresso esteve no Espírito Santo na segunda-feira (11) e trouxe Pacheco para almoçar com o governador Renato Casagrande (PSB). Apenas o senador Marcos do Val (Podemos) participou e declarou apoio ao candidato de Alcolumbre. 

"A direção estadual do MDB do Espírito Santo dá as boas-vindas à senadora Rose de Freitas, que retorna hoje ao MDB. Rose, que foi eleita senadora pelo partido em 2014, hoje retorna num momento importante para o MDB na disputa pela presidência do Senado Federal", diz a nota do partido.

A parlamentar deixou o MDB em abril de 2018, ano em que concorreu ao governo do Estado. Na carta em que anunciou a desfiliação, deixou claro que estava "triste e incomodada", mas que deixava a legenda após declarações dos líderes partidários de que o então governador Paulo Hartung (agora sem partido), seria o nome do partido para disputar a reeleição. Hartung acabou não sendo candidato, mas anunciou isso apenas meses depois.

Na ocasião, a senadora foi para o Podemos, partido em que permaneceu até setembro de 2020. A saída da parlamentar da sigla se deu após ela defender uma proposta que possibilitaria a reeleição do atual presidente do SenadoDavi Alcolumbre (DEM-AP), e do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ). O Podemos foi contra.

Pelo posicionamento, Rose foi suspensa do partido e, quatro dias depois, ela mesma anunciou sua desfiliação. 

"PAUTA DE PRIORIDADES"

A reportagem tentou contato com Rose nesta terça para saber como fica a correlação de forças no partido em âmbito estadual, mas ela se manifestou apenas por meio de nota sobre a filiação.

“A minha decisão vem do compromisso que supera todas as outras vontades e manifestações de cunho absolutamente pessoal. Veio da decisão de fortalecer na correlação de forças do Congresso Nacional a posição do meu Estado e das necessidades de investimento no Espírito Santo”, afirmou, no texto enviado à imprensa.

“Nós vimos (em relação à pandemia). É um caos de versões, são decisões desencontradas, muitas vezes um certo deboche à situação da pandemia e à vida dos brasileiros. Então, antes disso (definir a filiação), eu propus ao partido que a gente se mobilizasse intensamente para debatermos todos esses patamares de decisão. Cobrar decisões mais rápidas do governo, bem como estabelecer pauta de prioridades para que o país volte a ter emprego e desenvolvimento”, pontuou a senadora.

O ex-deputado federal Lelo Coimbra, que está à frente do MDB no Espírito Santo, também foi procurado, mas não deu retorno.

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