A senadora Rose de Freitas (MDB) pediu licença de 120 dias do Senado Federal e somente deverá retomar suas atividades parlamentares no dia 3 de novembro, após o período eleitoral. A emedebista é pré-candidata nas eleições deste ano visando à disputa para ser reconduzida ao cargo por mais oito anos.
O pedido de afastamento é previsto na legislação. Conforme estabelece o artigo 56 da Constituição Federal, um senador pode se licenciar por motivo de doença ou para tratar, sem remuneração, de interesse particular. A licença de Rose foi divulgada nesta quinta-feira (7) no site do Senado, comunicando ainda que o empresário Luiz Pastore reassumiu a vaga que já havia ocupado.
Com o afastamento, Rose poderá se dedicar mais a sua campanha, inclusive na tentativa de consolidar o apoio do governador Renato Casagrande (PSB). Neste ano, apenas uma vaga no Senado para o Espírito Santo estará em disputa, e é justamente a que a emedebista ocupa. Os senadores Marcos Do Val (Podemos) e Fabiano Contarato (PT) ainda vão encerrar, em 2022, a primeira metade de seus mandatos no Congresso Nacional.
Enquanto Rose se prepara para percorrer o Estado durante a campanha, Luiz Pastore, primeiro suplente da emedebista, retorna ao Senado. Ele já havia exercido a função de novembro de 2019 a março de 2020, período em que a parlamentar obteve licença médica de 120 dias para tratar uma infecção bacteriana que lhe causava, inclusive, dificuldades de locomoção.
De São Paulo, Pastore é filiado ao MDB de Vila Velha desde 1986. Ele é empresário do setor de importação e transformação de cobre e alumínio, também já foi suplente do ex-senador Gerson Camata (1941-2018) e chegou a assumir uma cadeira no Senado entre 2002 e 2003.
Em 2018, quando Rose de Freitas concorreu ao governo do Estado pelo Podemos, Luiz Pastore foi a pessoa física que mais doou recursos à então candidata, R$ 150 mil. Mais do que ele, apenas a direção nacional do MDB (R$ 250 mil) e o Podemos (R$ 1 milhão). A campanha arrecadou R$ 1,8 milhão.
Rose havia deixado o MDB em abril de 2018 por não conseguir a garantia da sigla para disputar a eleição para o governo naquele ano. Na época, ela disse, em carta, que estava "triste e incomodada", mas que deixava a legenda após líderes do partido darem a vez a Paulo Hartung (hoje sem partido), que, meses depois, anunciou que não tentaria a reeleição. Pelo Podemos, Rose de Freitas ficou em quarto lugar na eleição para o governo estadual, com 5,47% dos votos.
A senadora retornou ao MDB em janeiro de 2021 e, dois meses depois, assumiria a presidência do partido no Estado.
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