A ex-senadora Rose de Freitas (MDB) está de volta ao Senado Federal. Não mais como parlamentar, mas em uma função comissionada para atuar diretamente com o presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD), de quem partiu o convite para ela retomar a conexão Vitória-Brasília. A emedebista não conseguiu se reeleger, na disputa de 2022, e o mandato dela como senadora se encerrou no início deste ano.
Rose teve a nomeação publicada no Diário Oficial da União da última segunda-feira (15). A portaria, assinada em 12 de maio pela diretora-geral do Senado, Ilana Trombka, nomeia a ex-senadora para exercer o cargo de assessora parlamentar, lotada no gabinete da presidência do Senado.
A remuneração para o cargo de assessor parlamentar, do código SF02, ao qual Rose foi nomeada, tem salário previsto para servidor comissionado com base de R$ 8.710,43, acrescido de uma gratificação de R$ 10.383,73, o que totaliza R$ 19.094,16 (valor bruto). Ela não planeja se mudar para Brasília e vai ficar entre a capital federal e a capixaba, assim como no período em que tinha mandato.
Rose já está na ativa. Na segunda, quando apresentou a documentação exigida pelo Senado Federal, foi nomeada e começou a trabalhar. Apesar de estar no gabinete da presidência, ela explica que não vai atuar para Rodrigo Pacheco, mas para a instituição. O convite, segundo lhe foi confidenciado, é resultado de sua experiência de oito mandatos parlamentares que ela acredita poderão contribuir em seu novo trabalho.
A ex-senadora conta que, desde o fim do seu mandato, não parou de atuar em Brasília porque não podia, nas suas palavras, virar as costas para o que havia realizado até então.
"Era preciso reorganizar todo aquele espaço, direcionar as coisas que construímos, em relação à educação, por exemplo. Estava enviando esforços para concretizar muitas demandas do Estado", revela Rose, acrescentando que, nessas idas à Brasília, encontrou com Pacheco algumas vezes, que lhe fez o convite para que o ajudasse no assessoramento do Senado.
Rose de Freitas afirma que tem muito respeito e admiração por Pacheco, mas não aceitou a proposta imediatamente. Agora, no entanto, avalia que pode colaborar, como assessora parlamentar, no andamento dos processos da Casa junto ao Executivo, com o qual tem boa interlocução, e a estruturar pautas que são importantes e que, no dia a dia, acabam ficando em segundo plano, como a reforma tributária.
"Mas, qualquer que seja o cargo, espaço, atribuição, na minha pauta a prioridade será sempre o interesse do Espírito Santo. Em todo o momento, estarei discutindo, debatendo e apoiando, não vou abrir mão de fazer isso. E sempre vou lembrar dos compromissos que o governo federal precisa ter com o Espírito Santo", conclui.
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