O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quinta-feira, 25, que os supostos hackers presos na terça-feira, 23, e acusados de terem invadido centenas de celulares de autoridades brasileiras, inclusive o dele próprio, deverão ter uma "boa punição" caso fique comprovado que cometeram os crimes.
O presidente também reafirmou não ter nenhuma preocupação com o conteúdo que pode ter sido extraído do seu celular porque, de acordo com ele, informações estratégicas sobre o País são tratadas apenas pessoalmente, mesmo com autoridades de outros países.
"Da minha parte não tenho nenhuma preocupação com a invasão nesse meu telefone porque as informações reservadas temos tratado pessoalmente aqui não só com ministros mas com autoridades de fora. ... Se alguém tem coisa particular e tornar público, a gente lamenta. Mas é um crime a invasão dos telefones e com toda certeza a Justiça brasileira dará conta de uma boa punição para esse pessoal aí", disse durante a transmissão semanal que realiza em sua página do Facebook.
O presidente também se referiu ao fato de que um dos hackers, Walter Delgatti Neto, contou ter entregue o conteúdo obtido pelas invasões ao site The Intercept Brasil, como o jornal O Estado de S. Paulo revelou nesta quinta. Bolsonaro se referiu ao jornalista Glenn Greenwald, principal responsável pelo site, como "Verdevaldo".
"O meu telefone estava lá no grupo dos quatro hackers, um já disse que entregou isso ao 'Verdevaldo' e obviamente o Brasil é país com leis e esse pessoal, se confirmado tudo que aconteceu aqui, tem que ser responsabilizado", disse.
O presidente também afirmou que seria muita "infantilidade" sua e de sua equipe não achar que estava "sendo bisbilhotado por alguém de fora ou de dentro do Brasil" semanas antes de sua eleição. Ele disse ainda que o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, é o responsável por mantê-lo informado sobre o caso.
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