A Polícia Militar do Espírito Santo e a Polícia Rodoviária Federal (PRF) continuarão priorizando a negociação com manifestantes para a desobstrução de vias interditadas pela paralisação de caminhoneiros. Em entrevista na noite desta terça-feira (1º), chefes das duas forças de segurança e também da Secretaria de Estado de Segurança Pública afirmaram que a estratégia para liberação das estradas continuará sendo o diálogo.
De acordo com o secretário de Estado de Segurança Pública e Defesa Social, coronel Marcio Celante, a força só será usada caso necessário. Ele afirmou que, com o diálogo, 14 pontos de bloqueio em rodovias federais no Estado foram liberados. Outros 10 continuam, mas de forma parcial. Já nas rodovias estaduais, os protestos seguem em quatro pontos, após dois serem liberados.
As manifestações começaram nesta segunda-feira (31) e, apesar de terem perdido força, persistem com bloqueios em alguns rodovias que cortam o Estado nesta terça (1º). Os caminhoneiros protestam contra a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas eleições 2022 para a Presidência da República.
Decisão do ministro Alexandre de Moraes, que foi confirmada pela maioria do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que a Polícia Rodoviária Federal (PRF) tome ações imediatas para desobstrução de vias e que as polícias militares dos estados podem auxiliar. Em outros estados, as PMs foram acionadas para liberar as vias.
O comandante-geral da Polícia Militar do Espírito Santo, coronel Douglas Caus, explicou que a PM capixaba está dando suporte à PRF nas negociações nas estradas federais e também atuando nas vias estaduais. "O Espírito Santo está dando um exemplo para o Brasil de que, com a negociação e conversa, é possível liberar as estradas".
"Quando a gente fala em ações de força, elas só são acionadas em momento de perigo de vida para os manifestantes, transeuntes ou policiais. E a gente usa a força de forma gradual. Estamos à postos se preciso for, mas estamos atuando em apoio a PRF, com estratégia de conversa e negociação para preservar as pessoas", disse Caus.
Já o superintendente da PRF no Estado, Helvio Souza Alves Junior, explicou que, nos pontos onde ainda há protesto, está sendo liberada a passagem de automóveis, ambulâncias, ônibus e caminhões com cargas perecíveis.
Quando questionado sobre uma previsão para a normalização da passagem pelas vias, o superintendente disse que não há uma previsão concreta para que a liberação ocorra. Souza disse que durante as manifestações, os setores operacional e administrativo da PRF estão operando em regime de plantão e isso contribuiu para a diminuição dos pontos interditados nas rodovias federais.
"O movimento está arrefecendo, visto que tínhamos de 19 a 20 pontos (interditados nas rodovias federais) e agora estamos com 10. Vamos continuar trabalhando durante toda a madrugada e durante o dia de amanhã para a liberação desses pontos, felizmente, sem o uso da força", explicou Helvio.
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