Uma operação policial foi deflagrada na manhã desta quarta-feira (16) e prendeu seis ex-vereadores (um deles também ex-deputado estadual) e um ex-secretário de Aracruz, na região Norte do Estado por associação criminosa e corrupção passiva. Eles são acusados de receber propina entre os anos de 2009 e 2012 por parte da empresa Ambitec, que presta serviços de varrição, coleta e transporte de lixo no município.
O delegado Leandro Sperandio, da 13ª Delegacia Regional de Aracruz, confirmou a operação e o número de detidos. São eles: Gilberto Furieri, Ronaldo Modenesi, Orvanir Pedro Boschetti, Ozair Coutinho Gonçalves Auer, Jocimar Rodrigues Borges e Paulo Sérgio Rodrigues Pereira, que na época atuavam como vereadores em Aracruz, além de Ismael da Rós Auer, que atuou como Secretário de Infraestrutura e Transportes do município.
Este último já havia tido prisão decretada em 2012 por desembargadores do Tribunal de Justiça do Estado (TJES), por fraudar licitação pública em benefício da empresa da filha de um vereador.
A denúncia foi apresentada pelo Ministério Público estadual (MPES). De acordo com a sentença proferida pelo juiz Tiago Favaro Camata, da 1ª Vara Criminal de Aracruz, cada um dos envolvidos recebia R$ 3 mil mensais da empresa Ambitec, cujo objetivo era garantir a fidelidade dos legisladores em relação à preferência pela contratação da empresa.
"Consta dos autos que a propina servia como "cala a boca" dos vereadores para que não questionassem o contrato da AMBITEC, já que o serviço por ela realizado não era de boa qualidade", destaca o juiz na sentença.
Gilberto Furieri, que além de ex-vereador também já foi deputado estadual, é identificado como o administrador do esquema. Era ele o responsável por recolher os valores conhecidos por "lixinho" junto à empresa Ambitec, em Vitória, e repassar aos demais colegas vereadores. Por essa razão, Goiberto recebia um montante de R$ 5 mil.
Um sétimo envolvido, o ex-vereador George Cardoso Coutinho, não foi preso em função do benefício da delação premiada. Foi ele quem entregou ao Ministério Público gravações entre os ex-vereadores que comprovam a existência do esquema ilícito.
Em abril de 2011, George Coutinho já havia sido preso por ameaçar testemunhas e afastado da Câmara por prática de rachid, acusado pelo Ministério Público de nomear funcionários fantasmas na Câmara.
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