O Republicanos e o PL da Serra vão caminhar juntos na eleição para prefeito do município. Em convenção conjunta dos dois partidos, realizada na noite desta terça-feira (15), foi confirmada a candidatura do deputado estadual Alexandre Xambinho (PL) ao comando do Executivo.
O apoio do Republicanos foi pleiteado por muitos candidatos no município, após o anúncio do deputado federal Amaro Neto (Republicanos) de que não seria candidato por lá. Contudo, Amaro não esteve presente e informou, via assessoria, que não definiu quais candidatos de outros partidos vai apoiar e que ainda vai dialogar com possíveis aliados. O apresentador de TV, no entanto, gravou um vídeo de apoio ao prefeito de Linhares, Guerino Zanon (MDB), que vai disputar a reeleição.
Ao som de "noites traiçoeiras", o presidente estadual do PL, o ex-senador Magno Malta, e Xambinho destacaram em seus discursos que o apoio de políticos tradicionais "não é tudo em uma campanha" e pontuaram que em suas trajetórias conseguiram sair vitoriosos mesmo quando não eram favoritos em eleições.
"As forças políticas tradicionais podem estar ao seu lado, você pode ter apoio do mundo inteiro, mas se Deus não tiver escrito que é o seu momento, você não vai se eleger. Quando fui candidato a senador, diziam que eu era cavalo paraguaio, mas me elegi. Xambinho é um jovem que tem potencial e que sempre buscou o melhor para o seu município", disse Magno.
Xambinho filiou-se ao PL este ano, após quase migrar da Rede para o Republicanos. Um de seus assessores chegou a assumir a presidência do partido na Serra, no final do ano passado. Contudo, em março, com a transferência de domicilio eleitoral de Amaro de Vitória para a Serra, o deputado estadual teve que procurar uma nova legenda.
No início, alguns partidos fecharam as portas para mim. Fui vereador com a força dos meus amigos, que me ajudaram na campanha. Sou um jovem sonhador, acredito na política, apesar de muitos me desencorajarem. Quero ser prefeito da Serra para ampliar o acesso dos mais necessitados aos serviços públicos, afirmou Xambinho.
O Republicanos flertou com o apoio a Fábio Duarte (Rede), apontado como sucessor da gestão do atual prefeito Audifax Barcelos (Rede). O partido de Amaro tinha como presidente no município o secretário de Agricultura da Serra, Jean Carlo Cassiano, aliado de Audifax e que tentou levar a sigla para a candidatura da Rede. As conversas não avançaram e Jean acabou deixando o cargo no início de setembro, assumindo em seu lugar Celso Barcelos, que pavimentou o caminho até Xambinho.
Na convenção, o Republicanos encaminhou que indicará a vice na chapa de Xambinho e que seria uma mulher, para cumprir a cota eleitoral feminina do partido. Um nome deve ser definido nos próximos dias. Segundo Celso, a aproximação do Republicanos com o PL segue uma tendência estadual, em que os dois partidos têm se aliado no campo da centro direita.
"Apesar de não ter candidatura própria na Serra, nosso partido tem propostas e um plano de governo que será construído junto com Xambinho. Nós acreditamos que apostar em jovens na política, como o deputado, faz bem para a renovação serrana e as propostas que ele tem para o município também são próximas das nossas", contou o dirigente do Republicanos na Serra.
O PSOL também realizou sua convenção na noite desta terça-feira na cidade. O partido terá como co-candidatos a prefeito Ledeil Doná (PSOL) e Romário Nogueira. A ideia do partido é construir uma gestão, caso sejam eleitos, que dividam o comando por áreas e que o cargo de vice-prefeito seja mais do que uma função sem muitas atribuições, como pontuaram.
O cabeça de chapa será Ledeil, que já participou de movimentos sociais pela igreja católica e é microempresário. Romário, vice na chapa, é funcionário aposentado da Companhia Estadual de Transportes Coletivos de Passageiros do Espírito Santo (Ceturb-ES).
"Nossa candidatura tem como propósito fazer a sociedade se interessar pela política. A Serra vive há 40 anos com gestões que não têm aberto o diálogo para a participação civil, o orçamento participativo não é cumprido e as grandes obras realizadas, embora importantes, talvez não sejam a prioridade que as pessoas querem neste momento. Vamos levantar este debate durante a campanha", apontou Ledeil.
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