O ex-senador do Espírito Santo Magno Malta integra a comitiva do presidente da República Jair Bolsonaro nos Emirados Árabes Unidos. Juntos chegaram a Dubai neste sábado (13) para cumprir agenda em eventos. Atualmente sem exercer nenhum cargo político, o pastor Magno Malta publicou fotos e vídeos da viagem nas redes sociais e afirmou que foi a convite do presidente.
A reportagem de A Gazeta questionou ao Itamaraty o motivo do convite e da participação do ex-senador na comitiva, também pediu detalhes sobre o custeio da viagem, mas não houve resposta até o momento. Também tentou contato com Magno Malta, sem sucesso. Esta publicação será atualizada caso haja retorno.
Em uma das postagens, o pastor evangélico chegou a exaltar o potencial natural do Brasil, comparando-o ao deserto encontrado nos Emirados: "Dubai nasceu no deserto! Imagine nosso país com as suas riquezas naturais, até onde podemos ir!", publicou.
O principal evento da viagem marcada pelo presidente da República foi a Expo Dubai 2020, uma feira internacional, com a participação de 192 países e presença de cerca de 25 milhões de pessoas. De acordo com o Governo Federal, é a primeira edição realizada no Oriente Médio e cada país tem seu próprio pavilhão pela primeira vez.
O Brasil está representado no evento com um pavilhão organizado em parceria pela Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo (Embratur) e pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex). A expectativa do governo é que a Expo Dubai gere cerca de US$ 500 milhões de retorno em negócios ao Brasil a partir de exportações, além de investimentos internacionais em torno de US$ 10 bilhões.
A comitiva presidencial tem retorno previsto para Brasília na quinta-feira, dia 18 de novembro.
A coluna da jornalista Letícia Gonçalves já havia divulgado que a filiação de Bolsonaro ao PL fortaleceria Magno Malta. A se confirmar, o movimento pode marcar a volta de Bolsonaro, oficialmente, ao Centrão. Eleito presidente da república pelo PSL, em 2018, o capitão reformado, entre 2005 e 2016, foi filiado ao PP.
O PL, presidido nacionalmente por Valdemar da Costa Neto, condenado no mensalão, tem, no Espírito Santo, o ex-senador Magno Malta como principal expoente.
O que vem chamando a atenção é que, derrotado em 2018, Magno voltou a comparecer a eventos e compromissos oficiais ao lado do presidente da República nos últimos meses, apesar de não ter cargo no governo e, logo, nenhuma função pública a desempenhar. A filiação de Bolsonaro ao PL fortalece Magno, que deve tentar uma vaga no Senado em 2022.
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