O deputado estadual Sergio Majeski anunciou neste sábado (4) que não irá sair do PSB para ingressar em um novo partido, com o objetivo de viabilizar uma candidatura a prefeito de Vitória. O dia 4 de abril marca o fim do prazo, da Justiça Eleitoral, para que os políticos estejam filiados aos partidos nos quais vão disputar as eleições municipais de 2020. Isso porque a filiação deveria ser feita até seis meses antes do pleito, que será no dia 4 de outubro.
Ao longo do último mês, Majeski estava realizando tratativas para deixar o PSB, após o partido ter realizado prévias, em 17 de fevereiro, e ter decidido que seu candidato a prefeito da Capital será o atual vice, Sérgio Sá. O PSB já havia liberado o deputado, e iria fazer sua desfiliação por justa causa. Um dos partidos mais prováveis para a mudança era o Rede Sustentabilidade.
Ao desistir da nova filiação e, portanto, da candidatura (já que o PSB não deve lhe dar legenda para disputar a prefeitura), Majeski afirmou, por nota, que encontrou dificuldades em confirmar projetos que realmente façam parte da "nova política".
"A pandemia e as consequentes restrições sabiamente adotadas pelas autoridades para diminuir a circulação das pessoas e a disseminação do novo coronavírus nas últimas semanas também dificultaram as conversas com os dirigentes dos partidos, para a apresentação, discussão e confirmação de novos projetos administrativos que realmente estejam coadunados com a 'nova política' e com o trabalho que desempenho, representando e defendendo os interesses da sociedade capixaba na Assembleia Legislativa", disse o deputado.
Majeski também falou que viu a necessidade de sua colaboração no trabalho como deputado, durante a crise do coronavírus.
"Passado o período de isolamento, a retomada das atividades no Legislativo Estadual necessitará de muita energia, equilíbrio e compromisso em prol de todo o Espírito Santo, até 2022."
Por fim, o deputado defendeu o adiamento das eleições municipais, marcadas para outubro, para que a prioridade nacional em 2020 seja o combate à crise na saúde.
"As campanhas eleitorais, nos mais de 5 mil municípios brasileiros, irão coincidir e dividir recursos e esforços do Governo Federal, Congresso Nacional, governos estaduais e municipais, Assembleias Legislativas, Câmaras Municipais e da população num período importante de trabalho e de reconstrução para tentar superar as dores, os estragos e os sérios prejuízos causados pela pandemia", disse.
Assim como Majeski, outros deputados estaduais estavam se articulando durante as últimas semanas para trocar de partido até o dia 4, para poder disputar as prefeituras.
Esta semana, o deputado Capitão Assumção deixou o PSL e migrou para o Patriota, após definição de que o antigo partido de Bolsonaro não lhe daria legenda para disputar a Prefeitura de Vitória.
O deputado Lorenzo Pazolini, que se elegeu pelo PRP e estava sem partido desde março de 2019, após a legenda ter sido incorporada pelo Patriota, decidiu nesta sexta-feira (3) se filiar ao Republicanos e também deve disputar a prefeitura de Vitória.
O deputado Alexandre Xambinho, que tem atuação na Serra, também já recebeu autorização da Justiça para deixar a Rede. Ele anunciou sua filiação ao PL, partido do ex-senador Magno Malta, somente no limite do prazo, na tarde deste sábado (4). "No PL, obtive totais garantias de que poderei disputar a prefeitura da Serra sem nenhuma surpresa de última hora. Em hipótese alguma haverá interferência da direção estadual no sentido de retirar a candidatura", afirmou Xambinho.
Outra mudança que ocorrerá na Assembleia Legislativa é a volta do deputado Bruno Lamas (PSB), que estava licenciado para atuar na Secretaria Estadual de Trabalho e Assistência Social. Ele se desincompatibilizou do cargo por conta dos prazos eleitorais e reassumiu o mandato, na vaga que estava sendo ocupada por Freitas (PSB), seu suplente.
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