O prefeito da Serra, Sergio Vidigal (PDT), concedeu entrevista à Rádio CBN Vitória na manhã desta terça-feira (29) e afirmou que não cogita disputar o governo do Espírito Santo em 2026 nem tentar voltar ao comando do Executivo municipal em 2028, após sair fortalecido do segundo turno das eleições ocorrido no último domingo (27). O pedetista conseguiu emplacar seu apadrinhado político Weverson Meireles (PDT), estreante em disputas eleitorais, que comandará o município serrano a partir de 2025.
A conversa com a âncora da CBN Vitória Fernanda Queiroz e a colunista de política de A Gazeta Letícia Gonçalves ocorreu logo após um encontro de Vidigal e Weverson com Renato Casagrande (PSB), no Palácio Anchieta.
Ao ser questionado se a vitória política nas eleições deste ano o credencia como possível candidato ao governo do Estado daqui a dois anos, Vidigal afirmou que, neste momento, o nome prioritário de seu grupo político, que está ao lado de Casagrande, é o vice-governador Ricardo Ferraço (MDB).
“Eu não pensei em 2026. Eu sempre pensei em continuar minha atividade de médico, que é minha missão principal. Isso [disputar em 2026] não passou pela minha cabeça e nem conversei com o governador na reunião de hoje. Eu não estou dizendo que descarto, mas acho que, neste primeiro momento, já que faço parte desse grupo que está ao lado do governador, o nosso candidato prioritário é o vice-governador Ricardo Ferraço. Do ponto de vista de condições técnicas de tocar um governo, eu tenho convicção de que ele tem. Lógico que a discussão do cenário político e eleitoral vai ser avaliada no momento certo”, declarou.
Vidigal ainda ressaltou que não deixou de tentar a reeleição nas eleições deste ano pensando em 2026 e que a decisão de lançar o nome de Weverson se deve a questões familiares, o estado de saúde da esposa, a ex-deputada federal Sueli Vidigal.
“Essa decisão que eu tomei na Serra [de não tentar a reeleição] não foi pensando em ser candidato em 2026. A motivação foi totalmente diferente. Lógico, por uma questão familiar, mas também entendendo, pela minha experiência na vida pública — por mais que tanto eu quanto Audifax Barcelos tivéssemos feito mandatos com bons resultados para a cidade — que que era importante que a cidade da Serra tivesse um projeto que garantisse as conquistas, mas que trouxesse uma renovação para a cidade”.
Nas eleições municipais de 2004, o pupilo de Vidigal lançado para disputar a Prefeitura da Serra foi Audifax Barcelos. Quatro anos depois, os dois acabaram rompendo a parceria e se tornaram arquirrivais, com Vidigal voltando a disputar o pleito municipal pelo PDT no lugar de Audifax, conforme destacado pela colunista Letícia Gonçalves, nesta terça-feira (29).
Questionado se isso poderia ocorrer com Weverson, com Vidigal voltando em 2028 para tentar o comando do município, o atual mandatário disse que “não há nenhuma justificativa” de ele voltar a ser candidato daqui a quatro anos. Afirmou ainda que, na época, foi Audifax quem disse que não queria tentar e reeleição pelo PDT, alinhando-se a Paulo Hartung, que não era aliado de Vidigal.
“Na época, o Audifax chegou para mim, em 2008, no início do ano, e disse que não iria ser candidato. Eu estava no Ministério do Trabalho, me descompatibilizei para poder ser candidato, porque ele disse que não queria ser candidato. Posteriormente, quando cheguei, ele se manifestou. Nesse movimento, ele se aproximou do então governador Paulo Hartung, que não era próximo a mim. Nesta eleição [2024] eu podia ser candidato a reeleição, então não tem nenhuma justificativa de eu ser candidato daqui a quatro anos, porque eu poderia ser agora. É uma decisão muito amadurecida que eu tomei de não ser candidato e até de não querer participar mais da vida política partidária e tocar minha vida profissional”.
O prefeito falou na entrevista sobre a possibilidade de não querer mais participar da vida política e partidária e se concentrar apenas na carreira como médico. Perguntado se isso seria um afastamento total do meio político, Vidigal explicou que o asfaltamento citado tem relação com a presidência do PDT estadual, que deve deixar em dezembro.
“Estou presidente temporariamente. Weverson era o presidente, ele saiu para ser candidato e eu assumi provisoriamente a pedido do Carlos Lupi (presidente nacional da legenda e ministro da Previdência Social), até dezembro deste ano. Não tenho nenhum tipo de interesse em ser dirigente partidário”, declarou.
Durante a manhã desta terça-feira (28), Vidigal e Weverson se reuniram com Casagrande no Palácio Anchieta. Além de agradecer os investimentos empenhados na Serra nos últimos quatro anos e ao apoio do governador na campanha eleitoral deste ano, os pedetistas pediram recursos do Estado para a construção do Contorno de São Domingos, que vai ligar o primeiro trevo da entrada de Serra Sede até a Avenida Audifax Barcelos. A assinatura do convênio dessa obra está prevista para o dia 26 de dezembro, Dia do Serrano.
No encontro também foi citada a construção do novo Centro de Convenções, cujo projeto será apresentado ao governador na próxima segunda-feira (4), segundo Vidigal.
“Assumimos o compromisso de fazer o projeto do novo Centro de Convenções de Carapina e vamos apresentar o projeto ao governador na próxima segunda (4), mas é o governo que vai executar”.
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