O candidato do PTB à Prefeitura de Cariacica, Subtenente Assis, teve o diagnóstico de Covid-19 confirmado nesta segunda-feira (2). O militar estava em isolamento desde a última quinta-feira (29), quando começou a sentir sintomas da doença. O vice da chapa, Cristiano Lima (PRTB), está à frente das atividades da campanha eleitoral.
De acordo com a assessoria, Subtenente Assis está bem e segue com sintomas leves. "Ele está bem, seguindo o protocolo do Ministério da Saúde e tomando os medicamentos. O vice continuará fazendo caminhadas, reuniões com os moradores e todos os compromissos e as agendas que surgirem enquanto o Subtenente Assis estiver em tratamento", informou nesta terça (3).
Em diversas fotos publicadas nas redes sociais, o candidato aparece sem máscara cumprimentando, com beijos e abraços, eleitores.
Subtenente Assis é o segundo na disputa em Cariacica a testar positivo para a Covid-19. No dia 18 do mês passado, Sandro Locutor (PROS) teve o diagnóstico e foi internado na UTI do Hospital Meridional em Cariacica dois dias depois. Após 10 dias de internação, o candidato teve alta na última sexta-feira (30).
Ao todo, 11 políticos do Estado foram diagnosticados com a doença desde o início da campanha eleitoral. Desde a última quinta-feira (29), o deputado federal Felipe Rigoni (PSB); o prefeito de Vitória, Luciano Rezende (Cidadania); o candidato a prefeito da Capital Fabrício Gandini (Cidadania); o vice da chapa dele, Nathan Medeiros (PSL); o vereador de Vitória Denninho (Cidadania); o prefeito de Vila Velha e candidato à reeleição, Max Filho (PSDB); o candidato a prefeito de Vila Velha, Neucimar Fraga (PSD); o vice da chapa dele, Ricardo Chiabai (Cidadania); e a prefeita de Montanha e candidata à reeleição, Iracy Baltar (Republicanos) tiveram diagnósticos de coronavírus confirmados.
A onda de contaminação ocorre enquanto as ações de campanha de rua, registradas por fotos e vídeos divulgados pelos próprios candidatos, mostram passeatas, caminhadas e até comícios com muita aglomeração de pessoas e desrespeito aos protocolos sanitários. Comícios e passeatas, inclusive, estão proibidos em todo Estado por decreto do governador Renato Casagrande (PSB) desde abril.
A proibição está feita, mas, até o momento, praticamente não há fiscalização ou punição para quem a desobedece. Eventos com milhares de pessoas, inclusive, registraram a presença de secretários e subsecretários do governo estadual. A resposta dada pelo governo Casagrande veio por meio do secretário de Saúde, Nésio Fernandes (PCdoB), que na última sexta-feira (30) anunciou que vai pedir ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE) para que proíba eventos de campanha que promovam aglomeração.
Enquanto os órgãos de controle tentam se organizar na fiscalização, faltam 12 dias para o primeiro turno e a campanha deve ficar ainda mais acirrada nos últimos dias.
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