O suplente do vereador afastado Geraldinho Feu Rosa (sem partido), Fabio Latino (PSB), tomou posse nesta segunda-feira (03) na Câmara da Serra, na primeira sessão do ano após o recesso parlamentar. Latino foi convocado por meio do Diário Oficial nesta segunda após determinação judicial. Geraldinho foi afastado, também pela Justiça, e depois condenado em ação de improbidade por rachid. Ele ficava com parte dos salários dos próprios servidores.
A posse ocorreu no gabinete do presidente da Casa, Rodrigo Caldeira (Rede). Depois, Latino participou da sessão. Ele é do bairro Taquara 2 e servidor efetivo da Prefeitura da Serra.
A sessão transcorreu sem problemas, as confusões protagonizadas pelos vereadores da cidade parecem, pelo menos até agora, coisa do passado. Vereadores e o prefeito Audifax Barcelos (Rede) fizeram as pazes.
Nesta segunda, na abertura dos trabalhos legislativos, quem representou o Executivo municipal, no entanto, foi a vice-prefeita Márcia Lamas (PSB).
A Câmara da Serra tem, ao todo, 23 vereadores. Com a posse de Latino, o quadro está completo. Mas outros dois são suplentes: Fabão da Habitação (PSD), que assumiu o afastamento de Neidia Pimentel (sem partido) e Wanildo Sarnaglia (Avante), que ficou com a cadeira de Nacib Haddad (PDT), também afastado pela Justiça.
O salário de um vereador da cidade é de R$ 9,2 mil. Cada suplente recebe esse valor todos os meses. Cada um dos afastados, também. Geraldinho até já foi condenado à perda do cargo, mas como ainda cabe recurso, essa pena não é aplicada por enquanto.
Nesta segunda-feira, os trabalhos na Câmara de Cariacica também foram retomados. Durante a sessão, que não teve votações, o clima já começou quente e predominaram as críticas ao prefeito Juninho (Cidadania). Os vereadores Professor Elinho (PV), Sérgio Camilo (PSC) e Ilma Chrizostomo (PSDB) apontaram problemas de atendimento no PA do Trevo de Alto Lage e questionaram uma licitação publicada recentemente, de um contrato para a iluminação pública dos próximos cinco anos.
Elinho e Sérgio Camilo também fizeram denúncias da existência de funcionários fantasmas na Câmara. O primeiro afirmou já ter comunicado o Ministério Público Estadual, que segundo ele, irá abrir um inquérito para apurar o assunto. Já Camilo denunciou o caso de uma servidora efetiva que tem o cargo de auxiliar de serviços gerais, com salário de R$ 4,2 mil, e que não vai trabalhar, pois na verdade, atua como despachante. Ele e Elinho pediram à Mesa Diretora que seja aberto um processo administrativo disciplinar (PAD) para apurar o caso.
Sobre as denúncias, o presidente da Casa, vereador César Lucas (PV), se posicionou. "A Câmara tomou uma posição. Esta Mesa já implantou o ponto em cartão. Já fizemos a licitação, e agora o ponto será biométrico, até para que possamos facilitar. Gostaria de dizer também que a responsabilidade do ponto é de cada vereador, com seus funcionários. Cada vereador é responsável por aquilo que abona."
Na sessão, César Lucas também pediu aos vereadores que o clima eleitoral não atrapalhe os trabalhos durante o ano legislativo. "Quero destacar que 2020 é ano eleitoral, e que a gente não traga o processo eleitoral para dentro da Casa, do plenário. Que não se faça aqui uma disputa eleitoral, e que cada um consiga levar o seu mandato de acordo com o que acredita. A gente precisa respeitar calendários, apenas até abril temos o processo de filiação, esse ano os vereadores têm a possibilidade de mudar de legenda, então que respeitem os prazos", disse.
O município canela-verde foi outro onde os vereadores voltaram ao trabalho após o recesso. O clima, no entanto, não foi de bate-boca. O prefeito Max Filho (PSDB), inclusive, esteve presente na sessão.
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