O Tribunal Regional Eleitoral do Espírito Santo (TRE-ES) autorizou, nesta segunda-feira (24), o deputado Marcelo Santos a se desfiliar do Podemos sem risco de perda do mandato. O entendimento da Corte estadual teve como base o voto do relator da Ação de Justificação de Desfiliação Partidária, o juiz eleitoral Renan Sales Vanderlei.
Presidente da Assembleia Legislativa do Espírito Santo (Ales), Marcelo Santos se elegeu em 2022 para seu sexto mandato consecutivo pelo Podemos. Agora, com a decisão da Justiça Eleitoral, tem caminho aberto para negociar a ida para o União Brasil, sigla que admitiu ter o interesse de presidir no Estado.
O relator do processo, cujo voto foi acompanhado por unanimidade pelos juízes presentes no Plenário do TRE-ES, na sessão desta segunda-feira (24), destacou a carta de anuência emitida pelo Podemos como um dos principais motivos para a liberar o deputado a deixar sua antiga legenda sem a consequente perda do mandato por infidelidade partidária.
Na carta à qual a reportagem teve acesso em primeira mão no último dia 12, assinada pelo deputado federal Gilson Daniel, presidente estadual do Podemos, e anexada ao processo julgado pelo TRE-ES, foi reforçado que Marcelo Santos estaria sendo liberado sem qualquer prejuízo ao seu cargo de parlamentar da Ales.
"Informamos ainda que o partido não tem interesse na vaga de deputado estadual ocupada por vossa excelência (o deputado), e não irá requerer a vaga de deputado estadual na via judicial, estando o deputado livre para se filiar a qualquer outro partido de sua preferência", dizia trecho do documento que embasou voto do relator.
Poucos dias após ter sido divulgada a saída de Marcelo Santos do Podemos, o mercado político começou a especular uma possível ida do presidente da Ales para o União Brasil, legenda atualmente presidida no Espírito Santo pelo secretário de Estado de Meio Ambiente, Felipe Rigoni.
Os movimentos de Marcelo Santos rumo à legenda têm ganhado corpo. Inclusive, ao falar com a reportagem na noite da última sexta-feira (21), durante uma sessão solene na Ales, o deputado admitiu interesse em assumir o União Brasil, caso fosse lhe dada essa oportunidade, por meio do diretório nacional da sigla.
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