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Unidades de saúde e hospitais do ES estão em obras há anos. Veja lista

Unidades de saúde e hospitais do ES estão em obras há anos. Veja lista

Ao contrário da China, que construiu hospitais para a epidemia do coronavírus em dez dias, investimentos no Espírito santo se arrastam por até dez anos para serem entregues. Veja quais são eles

Publicado em 14 de fevereiro de 2020 às 05:00

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UPA Zilda Arns, no bairro Riviera da Barra, em Vila Velha: construção, orçada em R$ 3 milhões, deveria ser entregue em agosto de 2016. Após anos parada, obra foi retomada em agosto de 2019. (Guilherme Ferrari)

Enquanto avança a epidemia do coronavírus na China, o país já construiu seu segundo hospital para tratar os pacientes diagnosticados pela doença. O hospital de Wuahan, cidade chinesa que foi uma das mais afetadas, foi construído em dez dias. A segunda obra, do Hospital Leishenshan, teve a entrega realizada em 15 dias.

Como A Gazeta mostrou, embora Brasil e China tenham diversas diferenças quanto a forma de governo, tecnologias e a própria urgência da obra, o andamento de muitos investimentos na área da saúde no Espírito Santo não teve agilidade perto do desejável. Em alguns casos, obras de hospitais duram mais de dez anos sem ser completamente finalizadas.

Um levantamento, com base no sistema GeoObras, do Tribunal de Contas do Estado (TCES), mostrou que há 25 obras de hospitais ou unidades de saúde do Estado que começaram há pelo menos cinco anos e ainda não terminaram. Elas são tocadas por prefeituras e pelo governo do Estado. Os valores vão de R$ 102 mil a R$ 80 milhões. Veja na tabela abaixo quais são as obras, e, em seguida, o que dizem os responsáveis.

O QUE DIZ A ADMINISTRAÇÃO

O governo do Estado se posicionou sobre a obra do Hospital Estadual de Urgência e Emergência, o antigo São Lucas, e afirmou que atualmente está em andamento a 4ª etapa do investimento, que é a de construção de um novo bloco, com 43 leitos. O valor desta etapa é de R$ 25,3 milhões. Segundo o governo, ela deve ser entregue no segundo semestre de 2020.

Sobre o Hospital Materno Infantil, a Prefeitura da Serra garantiu que a obra será inaugurada em maio deste ano, e o valor estimado é de R$ 80 milhões. A previsão é atender 8.700 gestantes por ano e realizar 725 partos por mês. Nele, serão 135 leitos: 60 maternos, 60 infantis e 15 semi-intensivos.

A Prefeitura de Vitória informou que a Unidade de Saúde da Ilha de Santa Maria já está concluída aguardando somente a ligação de energia por parte da EDP. A previsão é que seja inaugurada ainda neste primeiro semestre. A Unidade de Saúde do Bonfim, por sua vez, agora funciona dentro do espaço do Campus da Ufes de Maruípe. O município alterou os territórios de saúde com a construção da Unidade de Saúde de Itararé, que passou a atender os moradores daquela área.

Já a Prefeitura de Vila Velha, procurada para dar mais informações sobre a construção de unidades de saúde nos bairros Cocal e São Torquato, sobre o Centro de Toxicômanos, em Jabaeté, e a Unidade de Pronto Atendimento de Riviera da Barra, informou apenas que as obras estão em andamento.

INTERIOR

Em Linhares, a prefeitura esclareceu que a Unidade de Pronto Atendimento do bairro Shell foi concluída, e houve contratação do consórcio para fazer sua gestão, publicada nesta terça-feira (11). A expectativa é que nos próximos dias a obra seja inaugurada e enfim seja entregue à população. 

Quanto ao Centro de Tratamento de Toxicômanos do município, a administração declarou que inicialmente as obras foram retomadas, porém a empresa contratada para executar os serviços solicitou a rescisão contratual. Um novo processo licitatório já foi aberto para contratação de uma nova construtora, que deverá concluir a obra em 120 dias.

No caso de Guarapari, a administração explicou que a obra do Hospital e Maternidade Cidade Saúde encontra-se com 9 medições realizadas, e com 16,41% executada. O prazo de conclusão da obra é março de 2021, entretanto, a empresa responsável espera entregar até dezembro deste ano.

Em Aracruz, a prefeitura explicou que a a construção do Centro de Especialidades Médicas está sendo feito por convênio entre o governo do Estado e o município, assinado no dia 21 de dezembro de 2007, com a obra tendo início em 11 de setembro de 2008 e passando por 27 medições. Em 25 de março de 2011, aconteceu a primeira paralisação para que a obra passasse por adequações.  A ordem de serviço para reinício aconteceu em 23 de agosto de 2012, e em no dia 2 de abril de 2013 a obra foi paralisada. 

Após quase seis anos de paralisação, a obra teve seu projeto revisado para adequação das normas da saúde estadual e federal. Um novo processo de licitação foi finalizado somente em julho de 2019. No entanto, ainda não foi dada ordem de serviço. 

"Na ocasião toda a previsão orçamentária já estava empenhada e planejada adequadamente para a execução da obra, entretanto o município sofreu com a queda inesperada na arrecadação dos royalties do petróleo, que reduziu suas receitas em quase R$ 12 milhões. A prefeitura pretende dar a ordem de serviço para início da obra tão logo a arrecadação dos royalties se regularize, entretanto, nos dois primeiros meses de 2020 a arrecadação continuou em uma linha de tendência negativa, o que projeta um novo deficit para o ano, que pode chegar ao montante de R$ 16 milhões", declarou a prefeitura de Aracruz.

A Prefeitura de Castelo esclareceu que as obras de construção da Unidade de Saúde da Família do bairro Volta Redonda foram retomadas no dia 4 de dezembro, e estão em andamento. 

As demais prefeituras foram procuradas, mas não deram retorno até o fechamento da reportagem.

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