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Veja como a bancada do ES deve votar na eleição da presidência do Senado

Veja como a bancada do ES deve votar na eleição da presidência do Senado

Rodrigo Pacheco (DEM), apoiado por Bolsonaro, e Simone Tebet (MDB), com discurso de oposição ao presidente, são os principais candidatos

Publicado em 23 de janeiro de 2021 às 08:56- Atualizado há 4 anos

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Fabiano Contarato, Marcos do Val e Rose de Freitas participaram da votação que aprovou o nome de Kassio Nunes Marques para o STF
Fabiano Contarato, Marcos do Val e Rose de Freitas vão participar da votação para escolher o novo presidente do Senado. (Reprodução)
Rafael Silva
Repórter de Política / [email protected]

A eleição para a Mesa Diretora do Senado será realizada no dia 1º de fevereiro e o voto é secreto. Do pleito vai sair a definição de quem vai comandar a Casa pelos próximos dois anos. Dos três senadores capixabas, apenas Rose de Freitas (MDB) disse de antemão quem pretende escolher: Simone Tebet, também do MDB. Mas, ainda assim, diz avaliar a decisão de votar ou não na correligionária.

Fabiano Contarato (Rede), que até então não havia se manifestado, após a publicação desta reportagem, avisou, nesta segunda-feira (25), que vai votar em Rodrigo Pacheco (DEM-MG), candidato que tem a simpatia do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e é apoiado pelo atual presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP)

"Comunico, em consideração aos meus eleitores e apoiadores, que votarei, por decisão pessoal, no senador Rodrigo Pacheco (DEM-MG) nesta eleição para a Presidência do Senado", divulgou Contarato, por meio de nota. "Diante da ausência de uma candidatura de oposição, as opções postas se resumem a partidos da base governista, evidenciando nossa dificuldade, enquanto campo político, de superar as diferenças em prol de um objetivo comum, propondo uma alternativa concreta e de clara objeção ao governo federal nesta disputa eleitoral", registrou, também no texto.

O redista pontuou, ainda, que Pacheco se comprometeu a atuar de forma independente em relação ao Executivo e não obstruir um eventual impeachment de Bolsonaro, se o processo for aprovado na Câmara.

Já o senador Marcos do Val (Podemos), ao ser procurado na sexta-feira (22), pela reportagem de A Gazeta, informou, via assessoria, que vai decidir após "escutar a opinião dos capixabas".

Ele chegou a declarar, no dia 11 de janeiro, apoio a Rodrigo Pacheco. Do Val participou de um almoço com Pacheco, Alcolumbre e o governador Renato Casagrande (PSB) no Palácio Anchieta.

"Meu apoio ao senador Rodrigo tem vários pontos. Todo brasileiro quer alguém com um perfil que ele tem. Rodrigo é um jurista, uma pessoa muito séria. Foi uma escolha sábia do presidente Alcolumbre ao escolher Rodrigo, confesso que eu comemorei a escolha. Outro fator que pesa é que há a possibilidade que o outro candidato seja do MDB. Com o MDB na presidência, nós teríamos o MDB de novo liderando a Comissão de Justiça, o MDB com o maior número de senadores, o MDB com o líder do governo no Senado. É muito perigoso deixar o partido conduzindo a Casa", afirmou, em entrevista coletiva logo após o almoço do dia 11.

Dias depois, o Podemos, partido de Do Val, anunciou endosso à candidatura da emedebista Simone Tebet. Na sexta, o senador capixaba informou que está acompanhando de perto a movimentação da eleição, "participando de reuniões e escutando o posicionamento do partido, ponderando todas as opiniões para que meu voto favoreça o Espírito Santo", registrou, ainda na nota.

ROSE E O MDB

De volta ao MDB, após uma passagem pelo Podemos, Rose de Freitas afirmou na sexta-feira (22), também por meio de nota, que o voto dela vai depender do comprometimento de Simone com projetos de reformas econômicas para o país. Segundo Rose, antes de votar, ela vai avaliar se Tebet está de acordo com essas premissas.

"Pretendo votar em Simone, mas gostaria também de conhecer as propostas dela para a votação das reformas e as prioridades das pautas, além do enfrentamento dos problemas sociais do Brasil que geraram um enorme déficit com a sociedade", afirmou a senadora, que protocolou um projeto para que os votos para a eleição da Mesa sejam abertos e não mais sigilosos.

Simone Tebet tem adotado um discurso mais crítico ao presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), a quem culpou pelo atraso na liberação das vacinas contra Covid-19 e classificou suas medidas como "arroubos autoritários e machistas".

Além de Simone Tebet e Rodrigo Pacheco, também se colocam na disputa os senadores Major Olímpio (PSL-SP) e Jorge Kajuru (Cidadania-GO).

Errata Atualização
25 de janeiro de 2021 às 20:04

O senador Fabiano Contarato (Rede) manifestou-se, após a publicação desta reportagem, a respeito de como pretende votar na eleição para a presidência do Senado. Até então, o texto registrava que ele não havia informado o posicionamento. A reportagem foi atualizada para incluir a informação, divulgada pelo redista nesta segunda-feira (25), de que ele vai votar em Rodrigo Pacheco (DEM-MG).

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