Com o fim da janela partidária – período em que parlamentares podem trocar de partido sem perder o mandato para disputar as eleições – um novo cenário se desenha na Assembleia Legislativa do Espírito Santo. Dos 30 deputados estaduais, 16 mudaram de legenda em 2022 e um parlamentar segue com situação indefinida (confira a lista completa mais abaixo).
Com o troca-troca, o PSB, partido do governador Renato Casagrande (PSB), detém, agora, o maior número de cadeiras no Legislativo: cinco, no total.
A legenda, que antes contava com Bruno Lamas (PSB), Dary Pagung (PSB) e Freitas (PSB), foi reforçada com a chegada de Janete de Sá, que abriu mão da presidência do PMN para se filiar ao PSB, e Luciano Machado, que saiu do PV.
PSDB, PP e PDT dividem a segunda posição, cada um com quatro deputados. Os tucanos contam agora com Sergio Majeski, que se desfiliou do PSB.
Já o PP, que apesar de ter perdido o único representante que tinha na antiga configuração - o deputado Renzo Vasconcelos foi para o PSC- filiou quatro novos quadros: Raquel Lessa (ex-PROS), Marcos Madureira (ex-Patriota), Theodorico Ferraço (ex-União Brasil) e Marcos Garcia (ex-PV).
Quanto ao PDT, que tinha apenas a cadeira de Luiz Durão, agora conta com Adílson Espíndula, Alexandre Quintino e José de Esmeraldo, os dois últimos, dissidentes do União Brasil.
O União Brasil amargou o maior número de perdas. Quatro deputados deixaram a legenda para se filiar a outros partidos. A debandada aconteceu após o deputado federal Felipe Rigoni (União Brasil) assumir a presidência da sigla no Espírito Santo e lançar a pré-candidatura ao governo do Estado. Quem era da base do governo, não quis ficar. Quem era oposição também não.
Junto com Renzo, o Partido Social Cristão agregou também Alexandre Xambinho, que se desfiliou do PL, partido comandado por Magno Malta e que já tem Carlos Manato como pré-candidato ao governo do Espírito Santo. O PL se tornou a casa de dois outros deputados: Capitão Assumção, que deixou o Patriota, e Danilo Bahiense, sem partido desde 2020.
Apesar de o prazo para mudança de legenda ter se encerrado, há uma brecha na lei que os dirigentes partidários costumam recorrer para filiar mandatários após a janela partidária. Como eles têm até o dia 18 para submeter as filiações ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), eles colocam a filiação com data retroativa ao dia 01 de abril.
É o que provavelmente será feito em relação ao deputado Doutor Hércules, caso ele encontre um partido. O parlamentar saiu do MDB, mas está com dificuldades de encontrar uma legenda para se filiar. Isso porque Hércules é um político em mandato e experiente e isso tira votos de quem está na mesma chapa e vai disputar a eleição.
Na Câmara dos Deputados, a mudança foi menor. Dos 10 parlamentares da bancada capixaba, quatro trocaram de partido: Norma Ayub (ex-União Brasil), Da Vitória (ex-Cidadania) e Neucimar Fraga (ex-PSD) e Soraya Manato (ex-União Brasil).
Com exceção de Soraya, que foi para o PTB, os outros três se filiaram ao PP, que tinha Evair de Melo (PP) como único representante mas, agora, é o partido com maior número de cadeiras na bancada capixaba.
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta