Com a renovação de metade da atual composição da Assembleia Legislativa do Espírito Santo (Ales) e da bancada federal do Estado na Câmara dos Deputados, trazida pelas eleições do último domingo (2), 14 parlamentares que tentavam a reeleição e 8 que buscavam assumir outros cargos vão ficar sem mandato a partir de 2023, depois de anos no Poder Legislativo.
Nessa lista, estão oito deputados estaduais, cinco deputados federais e uma senadora que foram derrotados na disputa pela reeleição, além de outros oito parlamentares que tentaram sem sucesso trocar a Assembleia Legislativa pelo Congresso Nacional.
Entre aqueles que foram derrotados na busca pela reeleição, está a senadora Rose de Freitas (MDB). Com 747.104 votos, ela foi superada por Magno Malta (PL), escolhido por 821.189 eleitores para a única vaga do Estado em disputa para o Senado. Assim, em 2023, depois de 40 anos na política como deputada estadual, deputada federal e senadora, Rose ficará sem mandato político.
Na Assembleia, entre os oito deputados que não se reelegeram está Doutor Hércules (Patriota), cuja carreira política teve início em 1970, como vereador em Cachoeiro de Itapemirim. Aos 83 anos, depois de quatro mandatos consecutivos na Ales, ele deixará o cargo, após ter recebido 23.534 votos, quantidade insuficiente para garantir uma cadeira na Casa.
Outro nome conhecido que deverá deixar a Assembleia é Bruno Lamas (PSB), de 45 anos. Eleito vereador três vezes na Serra (2000, 2008 e 2012) e deputado estadual por duas vezes (2014 e 2018), ele não conseguiu se reeleger, tendo recebido 16.473 votos.
Na Câmara dos Deputados, Neucimar Fraga (PP) recebeu 39.539 votos. Mesmo assim, foi um dos cinco deputados federais que não conseguiu renovar o mandato. Ele já havia exercido o cargo entre 2003 e 2008, quando renunciou para assumir o comando da Prefeitura da Vila Velha. Retornou como suplente à Câmara Federal em janeiro de 2021, no lugar de Sérgio Vidigal (PDT), eleito prefeito da Serra.
Além dele, Felipe Rigoni (União Brasil) não alcançou a reeleição como deputado federal, depois de ter sido eleito em 2018 com a segunda maior votação do Estado: 84.405 votos. Desta vez, teve 63.362, mas ficou sem mandato porque o União Brasil, partido do qual é presidente, não atingiu o quociente eleitoral, que foi de 208 mil votos — a legenda obteve 123.947.
Alguns tentaram alçar voos mais altos, mas não atingiram o objetivo. Presidente da Assembleia, onde está desde 2015, Erick Musso (Republicanos) entrou na disputa ao Senado pela primeira vez. Mas, com 337.642 votos (17,25% do total), acabou atrás de Magno Malta e Rose de Freitas. Fica, assim, sem mandato político a partir do ano que vem.
O mesmo vai acontecer com o professor Sérgio Majeski (PSDB), que, depois de dois mandatos na Assembleia, não conseguiu migrar para Câmara dos Deputados. Teve 40.124 votos, o que não foi suficiente para alcançar o cargo de deputado federal.
Mesma situação do também deputado estadual Rafael Favatto (Patriota), que estava em seu terceiro mandato (2006, 2014 e 2018). Ele resolveu disputar, pela primeira vez, o cargo de deputado federal. Somou 27.980 votos e não foi eleito.
Eduarda Moro é aluna do 25º Curso de Residência em Jornalismo da Rede Gazeta. Este conteúdo teve a supervisão do editor Weber Caldas.
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