O procurador da Câmara de Muniz Freire, Matheus Sobreira, registrou boletim de ocorrência e entrou com um processo por medidas cautelares, após ser ameaçado pelo vereador Weberson Rodrigo Pope (PSB), integrante da mesma Casa de Leis. O caso foi na noite da última quarta-feira (27), em uma lanchonete da cidade do Sul do Espírito Santo, e, segundo o relato do procurador junto à Polícia Civil, o parlamentar teria chegado a dizer que “a cidade era pequena para os dois”. O procurador não soube informar o motivo das ameaças.
No boletim de ocorrência, o procurador relata que foi à lanchonete após a sessão ordinária da última quarta-feira (27) e, depois que fez o pedido, o vereador se levantou da própria mesa, se aproximou dele e começou a ameaçá-lo.
Além de xingar o procurador com frases de baixo calão, o parlamentar teria o ameaçado de morte, pronunciado frases como "A roda gira doutor", “quero ver se vai continuar rindo quando a roda girar para você". "A cidade é muito pequena para nós dois".
O procurador relata que chegou a ir para a calçada da lanchonete para que o vereador se acalmasse, mas o parlamentar foi até ele e deu continuidade às ameaças, jogando um copo de água no profissional e dizendo que não descansaria enquanto o matasse, segundo consta no BO.
O procurador relata ainda que foi informado pela dona da lanchonete que, após a confusão, Weberson Rodrigo Pope teria dito que estava armado e disposto a atirar no procurador.
Procurado, o procurador Matheus Sobreira informou que não sabe o que motivou as ameaças e que nunca teve nenhum desentendimento com o parlamentar. “Eu só faço o meu trabalho”, relatou. O procurador informou ainda que, após o ocorrido, entrou com um processo contra o parlamentar pedindo a suspensão da arma de fogo, suspensão da função pública, além de solicitar que o vereador seja monitorado de forma eletrônica.
O vereador Weberson Pope foi procurado para dar a própria versão dos fatos; Em nota, ele negou os fatos e disse desconhecer sobre a existência da ocorrência policial.
Sou um cristão, pai de dois filhos, um de 09 e um de 03 anos, aos quais devo exemplo de conduta e moral. Minha vida, minha trajetória pessoal e profissional, penso eu, são minhas mais leais e frequentes testemunhas. Não tenho conhecimento da ocorrência policial ou das razões que eventualmente levaram o mencionado procurador a narrar esses fatos que, se assim descreveram o episódio, subsomem-se num completo absurdo.
Na oportunidade mencionada pelo procurador, eu me encontrava na hamburgueria na companhia de um casal de amigos, de minha mãe e da vereadora Vilma Louzada.
Não dirigi qualquer ofensa ao douto procurador e, em sendo verdade o relato de que ele teria lavrado esse BU me acusando de ameaçá-lo, vou adotar as providências cabíveis para responsabilizá-lo por essa denunciação caluniosa que, ao que tudo indica, tem como único intento atacar minha honra e minha imagem enquanto homem público.
A reportagem de A Gazeta também procurou pelo presidente da Câmara de Muniz Freire, José Maria Bergamini (Patriota), para um pronunciamento da Casa de Leis sobre o ocorrido, mas o parlamentar optou por não se pronunciar, já que os fatos não ocorreram no ambiente.
Já a Polícia Civil informou que o boletim de ocorrência foi registrado na Delegacia de Polícia de Muniz Freire e o caso seguirá sob investigação. "Não há detalhes que possam ser divulgados, no momento".
Inicialmente, com base nas informações do boletim de ocorrência e do processo de medida cautelar, Matheus Sobreira foi identificado como procurador-geral de Muniz Freire. Mas o servidor é procurador da Câmara Municipal. O texto foi alterado.
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