O vereador Leandro Piquet (Republicanos) foi eleito presidente da Câmara de Vitória na manhã desta segunda-feira (2) para o biênio 2023 e 2024. Em sessão extraordinária, ele recebeu 12 votos dos 14 vereadores presentes. A vereadora Camila Valadão (Psol) foi o único voto contrário e o vereador Davi Esmael (PSD), ex-presidente da Casa, se absteve.
Piquet é delegado da Polícia Civil e do mesmo partido do prefeito de Vitória, Lorenzo Pazzolini.
A sessão foi convocada no domingo (1) pelo vereador Duda Brasil (União Brasil). Ele era vice da chapa de Armandinho Fontoura (Podemos) que, por estar preso, não pode tomar posse.
No sábado (31), o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou o pedido de Armandinho para que fosse conduzido por policiais penais da Secretaria de Justiça do Estado (Sejus) — responsável pela administração dos presídios —, até a Câmara de Vitória para assumir o cargo de presidente do Legislativo da Capital. A decisão também suspendeu o exercício do parlamentar no cargo.
A Câmara de Vitória já havia aprovado no fim de dezembro um entendimento de que não seria possível que Armandinho tomasse posse através de outra pessoa, por procuração. Como não seria possível que comparecesse presencialmente, outra eleição foi marcada.
Nesta segunda, apenas o cargo de presidente, que era de Armandinho e estava vago, foi ocupado por Piquet. O restante da chapa permanece a mesma:
Armandinho foi preso no dia 15 de dezembro em uma operação da Polícia Federal, determinada pelo próprio STF, contra suspeitos de participação em atos antidemocráticos e ainda de promoverem ataques a ministros do Supremo.
Um jornalista e pelo menos três políticos, incluindo o vereador Armandinho, integram uma milícia digital no Espírito Santo. Segundo as investigações conduzidas pelo Ministério Público do Espírito Santo (MPES), eles utilizam um site de notícias, suas mídias sociais e até discursos parlamentares para a divulgação de informações fraudulentas (fake news), falsas comunicações de crimes, denúncias caluniosas e ameaças contra o Supremo Tribunal Federal (STF), seus ministros e outras autoridades.
Em decisão que resultou em prisões e buscas e apreensões no Estado, executadas pela Polícia Federal no dia 15, o ministro Alexandre de Moraes informa que as provas apresentadas pelo MPES demonstram que eles participam de uma possível organização criminosa que usa uma rede de apoiadores de forma sistemática para criar ou compartilhar mensagens.
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