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Vereador suspeito de mandar matar ativista em Linhares está foragido

Vereador suspeito de mandar matar ativista em Linhares está foragido

Com prisão determinada pela Justiça, Waldeir de Freitas Lopes, principal suspeito de mandar matar Jonas da Silva Soprani em junho de 2021, ainda não foi localizado pela polícia

Publicado em 4 de maio de 2022 às 15:40

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Entenda por que vereador é suspeito de mandar matar ativista em Linhares
Entenda por que vereador é suspeito de mandar matar ativista em Linhares . (Paula Brazão / Montagem A Gazeta)

Polícia Civil considera foragido o vereador de Linhares, Waldeir de Freitas Lopes, suspeito de mandar matar o ativista político Jonas Soprani em junho de 2021. Nesta terça-feira (3), a 1ª Vara Criminal de Linhares decidiu pela prisão preventiva do parlamentar. Buscas foram realizadas no endereço do suspeito na manhã desta quarta-feira (4), mas ele não foi localizado.

Segundo o titular da Delegacia de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP), delegado Tiago Cavalcante, como o advogado do suspeito foi comunicado da decisão sobre a prisão e o vereador não se apresentou voluntariamente, ele é considerado foragido da Justiça.

Waldeir continua exercendo normalmente o mandato de vereador do município. No entanto, a Câmara Municipal de Linhares informou que o parlamentar apresentou atestados médicos de tratamento cirúrgico odontológico, em justificativa de ausência em Sessão Plenária.

O QUE DIZ A DEFESA

A defesa de Waldeir de Freitas Lopes, representada pelo advogado Leandro de Freitas, informou que respeita a decisão da Justiça, mas entende que o mandado de prisão preventiva é totalmente desnecessário, visto que a prisão deveria ser uma exceção.

O advogado também informou que o vereador estava cumprindo todas as medidas cautelares impostas pela Justiça, e disse que segue trabalhando para provar a inocência do cliente.

Por fim, a defesa de Waldeir afirmou que ainda nesta semana vai entrar com o pedido de habeas corpus para que o vereador responda o processo em liberdade.

OUTROS SUSPEITOS

Jonas da Silva Soprani era ativista político e foi candidato a vereador nas eleições municipais de 2020. Ele foi assassinado a tiros na noite do dia 23 de junho, em um bar do bairro Novo Horizonte. Na ocasião do crime, testemunhas relataram à polícia que dois homens armados e encapuzados teriam chegado no bar efetuando disparos contra a vítima.

Pouco menos de um mês depois, no dia 20 de julho, a Polícia Civil chegou até os dois suspeitos de serem os executores — os irmãos gêmeos Cosme Damasceno e Damião Damasceno.

O terceiro identificado por envolvimento no crime foi o vereador Waldeir de Freitas Lopes, apontado como o mandante. Ele foi preso em um hotel em Belo Horizonte (MG), onde participava de um curso.

Além do vereador, o assessor dele, Josenilton Alves dos Santos, também é investigado por intermediar o contato com os executores do assassinato. Ele chegou a ser preso na época do crime, junto com o vereador.

Procurada, a Secretaria de Estado da Justiça (Sejus) informou que Cosme Damasceno, Damião Damasceno e Josenilton Alves dos Santos tiveram liberdade concedida em agosto de 2021.

A reportagem de A Gazeta também teve acesso ao pedido de prisão contra Cosme Damasceno. Em consulta no Conselho Nacional de Justiça, Damião e Josenilton não possuem mandados de prisão.

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