Consultor em Direito Empresarial e Eclesiástico, o futuro vice-prefeito de Vila Velha, o advogado Victor Garozi Linhalis (Solidariedade), diz que não pretende ocupar secretaria e que sua atuação como vice será associada aos valores cristãos. O advogado de 34 anos frequenta as igrejas Batista e Assembleia de Deus Nova Vida.
Estreante nas urnas, Victor Linhalis nunca ocupou cargo público. A inspiração e a veia política vêm do exemplo do pai, Carlos Aurélio Linhalis, que já foi vereador em Colatina na gestão de 1989 a 1992, disputou sem sucesso o cargo de Deputado Federal em 2006 e é atualmente presidente da Companhia Espírito-Santense de Saneamento (Cesan).
Nascido e criado no bairro Maria das Graças, em Colatina, o vice do prefeito eleito Arnaldinho Borgo (Podemos) reside em Itaparica, Vila Velha, desde os 18 anos. A ida para a cidade canela-verde foi para iniciar os estudos em Direito em uma faculdade particular da região. Ali, terminou a graduação, abriu um escritório de advocacia e construiu família. Linhalis é casado há sete anos e tem dois filhos: uma menina de quatro anos e um bebê de cinco meses.
Presidente municipal do partido Solidariedade, o vice eleito conta que mesmo sendo novo nas urnas, sempre esteve envolvido com a política e que será um vice proativo. Durante a graduação, integrou o movimento estudantil e foi um dos idealizadores do Centro Acadêmico da universidade em que estudou. "Sempre cresci com essa chama da política. Mas busquei primeiro minha estabilidade profissional e minha colocação técnica", diz.
Eu sou natural de Colatina, cresci no bairro Maria das Graças. Sou filho de um bancário e uma professora. Minha mãe faleceu quando eu tinha 10 anos. Não tenho irmãos. Fui criado pelo meu pai e por minha madrasta. Vim para Vila Velha aos 18 anos para estudar Direito. Tenho um escritório de advocacia há mais de dez anos. Montei o escritório ao término da faculdade. Sou especializado em Direito Empresarial e Eclesiástico. Sou casado há sete anos e tenho dois filhos: uma menina de quatro anos e um bebê de cinco meses. Resido hoje em um prédio em Itaparica, Vila Velha.
Sou um cristão atuante e sempre estive envolvido nos trabalhos de evangelização. Entendo que a mensagem de Cristo é transformadora, capaz de gerar mudanças no caráter e vida das pessoas. Sempre ajudei em trabalhos voluntários inclusive em recuperação de dependentes químicos. Sou protestante e hoje frequento duas igrejas: Batista e a Assembleia de Deus Nova Vida. Entendo que os valores cristãos, de uma forma ampla, são alicerce do meu caráter e da minha personalidade e tenho certeza que essa é uma forma de pensar e é inerente a minha atividade como vice-prefeito. O estado é laico, mas eu sou cristão. É impossível dissociar isso.
Sou formado em Direito. Atuo na área há mais de dez anos. Faço assessoria de empresas e de igrejas. Tenho especialização no Direito Empresarial e Direito Eclesiástico. Como o mundo é regido por leis, entendo que conseguirei colaborar tendo o conhecimento mais técnico. Faremos uma gestão pública com técnica e com respaldo legal. Na verdade, no escritório há outras pessoas e elas darão seguimento ao funcionamento. Não são dependentes de mim. O escritório vai seguir normalmente tendo em vista que meu foco hoje é ser vice-prefeito. Estarei de forma atuante, não serei um vice figurativo. Serei participativo e colaborativo. Não há essa necessidade de eu estar no escritório, tem outros sócios.
Por meu pai já ter sido vereador, ter disputado cargo de deputado federal e eu ter crescido em uma família politizada sempre cresci com essa chama da política. Mas busquei primeiro minha estabilidade profissional e minha colocação técnica. No entanto, nunca deixei a política de lado. Na faculdade, fui um dos fundadores do Centro Acadêmico de Direito. Sempre estive envolvido com os movimentos estudantis. Nestes últimos dois anos, intensifiquei essa minha participação no campo político de forma mais ativa. Atualmente, sou presidente municipal do Solidariedade. A minha filiação no partido foi feita este ano a partir de um convite feito pela organização. Nunca fiz parte de outro partido. Vi que era uma boa forma de conseguir fazer um trabalho político na cidade.
Não conhecia o Arnaldinho com proximidade. O conheci na reeleição dele para vereador, através de alguns amigos em comum, mas não tinha uma relação próxima. Iniciamos a aproximação em janeiro deste ano no movimento de ele vir a ser candidato a prefeito. Alinhamos alguns pontos e fomos estruturando um grupo político na cidade. Hoje, nossa relação é de irmãos, praticamente. Temos quase a mesma idade. Pensamos igual, temos uma visão de sociedade parecida. O que falta nele, eu completo, e vice-versa. Temos essa visão de um somar ao outro.
Nossa vitória é um recado da sociedade de Vila Velha que busca renovação e está cansada dessa troca de cadeiras que já havia no município por um período longo, e buscou em nossos nomes essa renovação e a esperança de uma cidade moderna, inovadora. Trazer tecnologia na gestão pública, com eficiência e política assertiva. Isso que os eleitores entenderam da nossa proposta e depositaram os votos de confiança nas urnas.
O meu papel é estar aqui sempre para somar de forma colaborativa, participativa e proativa. Estarei o tempo todo em prol de Vila Velha e do povo. Assumindo em alguns momentos o lugar do prefeito em suas ausências, algumas vezes ombreando junto com o prefeito. Minha atuação no governo é exatamente esta: um vice-prefeito atuante e proativo, para que possamos vencer os inúmeros desafios da cidade.
Nós vamos liderar a transição de forma conjunta. Cada em suas áreas com maior afinidade. Jamais serei apático ao processo político na prefeitura. Somando a gente tem mais força. Queremos uma Vila Velha moderna, inovadora e alegre. Por ora, não há possibilidade de estar em uma pasta. Não irei me ater a apenas um assunto. Eu vou estar focado em gerir cooperando com o Arnaldinho. Iremos nos dividir no sentido de conseguir um melhor resultado. Não há essa possibilidade porque não seria positivo e eu estaria diminuindo a força de gestão e articulação. A ideia agora é fazermos um governo colaborativo.
Hoje eu sou centro. Tenho essa visão que o equilíbrio é sempre um bom caminho. A sociedade não é feita de opostos. Existe sim os opostos, mas temos que achar um meio termo para que a gente consiga fazer política para todos de forma inclusiva, de forma social mas também com desenvolvimento econômico, com oportunidade, prosperidade.
Minhas bandeiras pessoais são família e Deus. Família e Cristianismo. E a partir disso tem vários desdobramentos de políticas públicas no setor de segurança, educação, saúde, ação social e esses conceitos refletem em todas essas áreas. Mas eu entendo que a base da sociedade é a família e Deus. Se a família vai bem, a sociedade vai bem.
Nasci em uma família simples e com muita dificuldade e luta meus pais conseguiram me criar e me proporcionar uma boa educação, uma condição de vencer na vida e sou muito grato. Estou muito feliz com nossa conquista e sei das responsabilidades da confiança que nos foi depositada. Sei que nós temos muita energia e determinação para corresponder às expectativas. E acho que nós temos condição de fazer uma Vila Velha muito melhor e muito mais desenvolvida do que já foi feito até hoje.
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