A Câmara dos Deputados aprovou em primeiro turno a proposta de emenda à Constituição (PEC) que prevê o retorno das coligações partidárias, nas eleições de deputados – estaduais e federais – e vereadores. A escolha para esses cargos é feita pelo sistema proporcional, ou seja, os eleitores escolhem um candidato que faz parte de uma chapa de outros candidatos ao mesmo cargo.
Atualmente, essa chapa de candidatos só pode ser formada por membros de um mesmo partido, é o que na política chamam de chapas puro-sangue. Após serem computados os votos, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) contabiliza as chapas que atingiram o quociente eleitoral e divide proporcionalmente à quantidade de votos o número de cadeiras no parlamento. Os mais votados de cada chapa são os ocupantes dessas cadeiras.
O que pode mudar, caso a PEC seja aprovada em segundo turno na Câmara e em dois turnos no Senado, é que essas chapas podem passar a ter candidatos de vários partidos distintos. Entenda no vídeo abaixo:
O modelo é considerado um retrocesso por especialistas. Já que o eleitor pode, por exemplo, votar em um candidato de um partido que ele tenha uma maior identificação ideológica e acabar elegendo um candidato de outro partido, com posições políticas bem distintas.
Para valer já na eleição de 2022, os parlamentares precisam aprovar a PEC até o início de outubro, quando faltará um ano para o pleito. Se a proposta só for aprovada após este prazo, a mudança só teria validade na outra eleição, em 2024. Veja o vídeo abaixo sobre o que está em discussão.
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta