Um vídeo de câmera de segurança mostra os últimos instantes de vida do ex-governador Gerson Camata, assassinado em dezembro do ano passado na Praia do Canto, Vitória. As imagens contêm parte da cena da conversa entre o político e o ex-assessor Marcos Venicio Moreira Andrade, preso pouco depois de dar o tiro que matou Camata. Para a assistência da acusação contra o ex-assessor, as imagens reforçam a tese de que o crime foi premeditado.
O crime ocorreu no dia 26 de dezembro. O assassino confesso falou à vítima sobre um bloqueio de cerca de R$ 60 mil nas contas dele, causado por um processo movido pelo ex-governador. Após a rápida conversa em frente a uma banca de revistas, Marquinhos, como Marcos Venicio é mais conhecido, atirou no político.
O vídeo registrou até a queda de Gerson Camata na calçada após ser ferido. As imagens são fortes. Quem não quiser assistir a gravação abaixo, pode acompanhar a cronologia do crime por frames.
O VÍDEO
OS FRAMES
A câmera registra aperto de mão entre Gerson Camata e Cassinho Ayres, amigo e testemunha do crime:
Após conversar com o amigo, Gerson Camata caminha em direção à banca de jornal:
Marcos Venicio, caminha em direção à banca:
Marquinhos conversa com Camata, encobertos pelo toldo da banca. Em determinado momento, ele coloca a mão em objeto no bolso:
Marcos Venicio e Camata caminham na direção contrária à banca, conversando:
Em seguida, testemunhas ouvem o tiro e ficam assustadas:
Já baleado, Gerson Camata tenta correr para onde estava. Em seguida, ele cai e morre antes da chegada do socorro:
Para a assistência de acusação, representada pelos advogados da família de Gerson Camata, as imagens revelam que Marquinhos premeditou o crime. O vídeo foi colhido pela Polícia Civil, na fase de inquérito, de um dos estabelecimento próximos ao local do crime.
"Resta absolutamente clara a premeditação do crime. Afasta eventual tese no sentido de que ele repeliu injusta agressão ou de que ele agiu por forte emoção. Nada disso se configura quando analisamos o vídeo de forma detalhada. Ele chega com muita tranquilidade. É ele que vem atrás da vítima. Força uma discussão. A testemunha do crime fala que ele disse não concordar com o valor bloqueado. Em razão disso, desfere o disparo de arma de fogo", opinou o advogado Renan Sales.
Procurada pela reportagem, a defesa de Marquinhos não se manifestou sobre o assunto.
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