Em meio ao alto número de casos e mortes por Covid-19 no Brasil e à falta de oxigênio em hospitais de Manaus (AM), o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) foi alvo de panelaços em várias cidades do país na noite desta sexta-feira (15). Houve registros de protestos também em bairros de Vitória e Vila Velha.
Moradores dos bairros Bento Ferreira, Jardim da Penha, Camburi, Centro, Barro Vermelho e Santa Lúcia, em Vitória, registraram o panelaço às 20h30 desta sexta-feira (15). Na Praia da Costa e Coqueiral de Itaparica, em Vila Velha, moradores também protestaram contra o presidente Jair Bolsonaro, que foi chamado de genocida por alguns manifestantes.
Até esta sexta-feira (15), o Espírito Santo já registrou 5.747 mortes e 273.031 casos de pessoas infectadas. O município de Vila Velha, com 36.513 registros, mantém o maior número de moradores diagnosticados com Covid-19. Em seguida, estão Serra (33.730), Vitória (31.042) e Cariacica (22.444). Entre os bairros, Jardim Camburi, na Capital, segue no topo do ranking, com 4.589 pessoas contaminadas desde o início da contagem, seguido pela Praia da Costa, em Vila Velha, com 4.015.
Bolsonaro, desde o início da pandemia, tem minimizado a doença e as mortes provocadas pelo novo coronavírus, já passam de 200 mil no país. "Todos nós vamos morrer um dia", disse o presidente em 20 de abril. De lá pra cá, deu outras declarações no mesmo sentido e continuou incentivando que as pessoas se aglomerem e não usem máscara, atitudes que aumentam o contágio pelo vírus.
O objetivo do presidente é que a economia não seja afetada pelas medidas de prevenção à doença. Ele também alega que o Supremo Tribunal Federal (STF) o impede de combater a pandemia, o que não é verdade.
O tribunal apenas decidiu que Estados e municípios têm legitimidade para decretar medidas de isolamento social e que o governo federal não pode agir para impedi-las. Ou seja, o que o governo federal não pode fazer é atrapalhar o combate à Covid-19. Mas a União pode adotar ações para conter a pandemia. O SUS, por exemplo, tem participação das três esferas de poder: municipal, estadual e federal.
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