O governador do Tocantins, Wanderlei Barbosa (Republicanos), 58, que assumiu o cargo após o afastamento e posterior renúncia do ex-chefe do Executivo estadual Mauro Carlesse (Agir), se reelegeu para o comando do estado. Com 100% das urnas apuradas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ele teve 58,14% dos votos contra o candidato Ronaldo Dimas (PL), que alcançou 22,50% dos votos.
O atual governador inicia, em 2023, uma missão que nenhum outro eleito conseguiu cumprir nos últimos 16 anos: terminar o mandato.
Ao longo deste período, os mandatários foram afastados por envolvimento em escândalos de corrupção ou renunciaram ao cargo. O último governador eleito para chefiar o Estado a concluir um mandato inteiro foi Marcelo Miranda (MDB), em 2006.
Barbosa adotou uma estratégia de imprimir uma marca própria no comando do Estado desde o afastamento e a renúncia do ex-governador Mauro Carlesse, de quem tentou descolar sua imagem.
Carlesse, que tinha o atual governador como vice, renunciou ao cargo no dia 11 de março deste ano. Ele havia sido afastado em outubro do ano passado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) por suspeita de corrupção e interferência política na Polícia Civil.
O atual governador não manifestou apoio a nenhum candidato à Presidência da República, sob a justificativa de que "não poderia pedir votos para seus adversários".
Ronaldo Dimas, candidato ao governo, é do mesmo partido do presidente Jair Bolsonaro (PL). O PT também tinha candidato na disputa.
Dimas recebeu apoio pessoal do presidente da República, Jair Bolsonaro, que no dia 9 de setembro, acompanhado do candidato, visitou cidades do extremo-norte do Tocantins.
Wanderlei Barbosa nasceu em Porto Nacional, onde começou na vida pública. Foi eleito vereador em 1989. Em 1996, elegeu-se como vereador em Palmas, sendo reeleito em 2010. Presidiu a Câmara da capital em 2003 e 2004 e em 2009 e 2010. Foi eleito deputado estadual em 2010 e reeleito em 2014.
Em 2018 ele disputou a eleição suplementar para o governo do Estado como vice de Mauro Carlesse, na chapa que acabou vencedora. O pleito foi convocado por conta da cassação do então governador na época, Marcelo Miranda, e da sua vice, Claudia Lellis.
Ronaldo Dimas, natural de Frutal (MG), foi prefeito de Araguaína, segunda cidade mais importante do Tocantins, por dois mandatos 2013 a 2020, quando ganhou musculatura política para disputar o cargo de governador.
Ele já havia sido deputado federal entre 2003 e 2007. Chegou a disputar as eleições como candidato a vice-governador, mas não obteve sucesso.
Também participaram da disputa os candidatos Carmen Hannud (PCO), Coronel Ricardo Macedo (PMB), Dr. Luciano de Castro (DC), Irajá Abreu (PSD), Karol Chaves (PSOL) e Paulo Mourão (PT).
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